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Campanha contra a Lava Jato e a favor da corrupção beira o ‘ridículo’, diz Moro


Publicado em: 16 de julho de 2019


 

No Twitter, ministro da Justiça pediu que, caso haja “algo sério e autêntico”, seja publicado

 

O ministro da Justiça Sergio Moro se pronunciou no Twitter na manhã desta terça-feira (16), após novas conversas obtidas pelo The Intercept serem divulgadas pela colunista Mônica Bérgamo, na Folha de S. Paulo

O ex-juiz federal, acusado de parcialidade na operação Lava Jato, em suposta parceria com Deltan Dallagnol, reafirmou que é um “defensor da liberdade de imprensa”, mas que esta “campanha” está “beirando o ridículo”.

“Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a LavaJato e a favor da corrupção está beirando o ridículo”, disparou.

Moro alerta para que, caso que os vazamentos “continuem”, haja mais “reflexão” para que “não se desmoralizem”. Para finalizar, ele pede “por gentileza” que, se houver “algo sério”, que seja publicado.

“Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a Lava Jato e a favor da corrupção está beirando o ridículo.Continuem, mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza.”

O ministro do governo Bolsonaro recebeu o apoio de muitos fãs na publicação. “Não há o interesse em liberar toda conversa roubada […] Eles temem o senhor no STF, por isso tentarão acabar com a sua reputação”, sentenciou um internauta. “O que mais falta para uma investigação baseado nos vazamentos do “Pavão”? Assim como as “evidências” do Intercept a narrativa dos prints do “Pavão” completam algumas lacunas que fazem sentido.Não são evidências, mas podem guiar as investigações. Força Moro. Estamos com você!”, comentou outro.

Ele cita o perfil “Pavão Misterioso”, que tem divulgado prints de supostas conversas que comprovariam a venda de mandato de Jean Wyllys a David Miranda, deputado do PSOL e marido do jornalista por trás da série da “Vaza Jato” do The Intercept, Glenn Greenwald.

De acordo com informações de Mônica Bérgamo, em uma conversa com Moro, Dallagnol teria dito que pediu passagem e hospedagem, além do cachê de R$ 30 mil, no complexo hoteleiro do parque aquático Beach Park, em Fortaleza, no Ceará. Em troca, ele iria palestrar sobre o combate a corrupção em evento da Federação das Indústrias do Ceará (Fiee).

O procurador federal, membro da força-tarefa da Lava Jato, tenta convencer o então juiz a aceitar um convite da entidade: “Eu pedi pra pagarem passagens pra mim e família e estadia no Beach Park. As crianças adoraram”, disse Dallagnol. “Além disso, eles pagaram um valor significativo, perto de uns 30k [R$ 30 mil]. Fica para você avaliar.”