Fontes locais asseguram que os aviões da Força Aérea de Israel realizaram 10 incursões nas primeiras horas de hoje em áreas vizinhas à cidade de Rafah no sul da Faixa.
De outro lado, e conforme com um porta-voz do exército, o ataque efetuou-se em resposta ao disparo de um foguete a partir de Gaza para uma área do conselho regional de Sha’ar Hanegev, no sul de Israel, no domingo pela noite, o que não provocou nem feridos nem danos materiais.
Segundo o porta-voz, os aviões de combate atacaram uma ‘infraestrutura subterrânea em Gaza’, sem acrescentar detalhes da ação.
A madrugada do domingo o exército israelense revelou ter atacado a 18 objetivos do movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, a segunda ação desse tipo em Israel em menos de 24 horas.
Por sua vez, Hamas culpou a Tel Aviv da escalada de violência na região.
Seu porta-voz, Fawzi Barhoum, assegurou que ‘a ocupação israelense é completamente responsável pelas consequências de sua contínua escalada contra nosso povo’.
Ontem, o Centro Palestino para os Direitos Humanos (PCHR) qualificou como novo crime de guerra o assassinato de dois jovens de Gaza por parte de soldados israelenses.
Nas horas da noite do sábado força israelenses estacionadas ao longo da perto fronteiriça que separa a Faixa de Israel, ao este da cidade de Rafah, dispararam 10 dispositivos de artilharia e abriram fogo de armas automáticas contra quatro menores de idade.
Como consequência, Salem Mohammed Soliman Sabbah, de 17 anos, e Abdullah Ayman Salim Irmeilat, de 15, foram morridos ao sangrar-se sem que possam ser auxiliados. Outros dois jovens foram feridos e internados no hospital Abu Yousif Annajar, em Rafah.
Para o PCHR, o ataque viola o princípio de distinção e necessidade do uso da força militar dado que os menores assassinados e os feridos eram civis desarmados que realizavam nenhum ato que poderia pôr em perigo a vida dos soldados de Tel Aviv.
O Centro recorda que a deterioração da situação humanitária e econômica na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde 2007, tem frustrado cada vez mais os jovens, lhes fazendo pensar em procurar trabalho em território israelense.
Finalmente, o PCHR reiterou seu chamado à comunidade internacional para que atue imediatamente para deter os crimes israelenses.