Publicado em: 6 de março de 2018
Desde a história da humanidade a mulher conquistou seu espaço na sociedade. Como referencial: nos tempos bíblicos as guerreiras eram vistas como mulheres virtuosas, a exemplo do livro intitulado de Ester, uma judia que casou-se com o rei Ciro da Pérsia e juntos governaram com sabedoria. Debora, profetisa de Israel que transformou-se em juíza, atendendo em seu singelo escritório sob uma árvore, escutava, e resolvia desafetos de quem lhes procuravam, não tinha custos às prévias resolvidas. Joana D’Arc heroína francesa, lutou junto ao exército francês durante a guerra dos 100 anos, Maria Quitéria, uma baiana que serviu ao exército brasileiro quando da independência do Brasil na Bahia. Em outras causas humanitárias, temos a irmã Dulce de Salvador, a beata Maria Milza do Sertão da cidade de Itaberaba Bahia etc. Temos vários referenciais na história da humanidade, se formos cita-las uma por uma, não tínhamos papel suficiente para excelentes relatos. Sempre é bom ressaltarmos que em cada lar existe uma heroína que assegura o equilíbrio familiar, ao meu ver, administrar e centralizar uma família fazendo permanecer o amistoso, é complicado, mas não é impossível.
Vamos relatar alguns fatos que levaram a consagrar uma data como o “DIA INTERNACIONAL DA MULHER”.
Constas nos registros que o Dia Internacional da Mulher é considerado como uma jornada de luta feminista em todo o mundo em celebração ao dia 8 de março de 1857, neste ano, houve uma manifestação espontânea, levada a cabo por trabalhadoras do setor têxtil da cidade de Nova York, em protesto aos baixos salários, contra a jornada de trabalho de 12 hora e o aumento de tarefas não remuneradas. Foram reprimidas pela polícia de uma forma brutal. Muitas jovens trabalhadoras foram presas e algumas esmagadas pela multidão em fuga. Cinquenta anos mais tarde, no aniversário desta manifestação, esse dia é declarado em sua maioria o Dia Internacional da Mulher. Esse dia é considerado para as mulheres trabalhadoras como uma jornada de luta feminista em todo mundo em comemoração ao dia 8 de março de 1908, data em que as trabalhadoras da fábrica têxtil ‘Cotton”, de Nova York, declararam greve em protesto pelas condições insuportáveis de trabalho. Na sequencia disso, ocuparam a fábrica, e o patrão preendeu-as lá dentro, fechou todas as saídas e incendiou o prédio morrendo 129 trabalhadoras que estavam trancafiadas.
Outros sucessivos abusos e atrocidades começaram a surgir na América e na Europa fazendo com que a mulher fosse um instrumento de trabalho escravo. Como por exemplo as 500 mulheres costureiras empilhadas nos três primeiros andares da fábrica de camisas Triangle Shirtwaist em Nova York nos Estados Unidos que trabalhavam amotinadas encolhidas sobre suas maquinas de costuras, sob um frio de 15graus abaixo de zero, ganhando 4 dólares por semana de domingo a domingo. No dia 25 de março de 1911 às 4:50 h da manhã houve um grande incêndio alastrando rapidamente por todo o prédio, muitas delas conseguiram escapar, porém outras não tiveram a mesma sorte, veio a falecer 146 trabalhadoras a maioria imigrantes da Europa. Em virtude das péssimas condições do prédio, não houve como todas fugissem. ficando mais um episódio negro na história da exploração na mão de obra da mulher.
Outras referências: A primeira celebração do Dia da Mulher comemorou-se pela primeira vez a 8 de Março na Alemanha, Suécia e Rússia. A 8 de março de 1917, as mulheres russas amotinaram-se devido à falta de alimentos, acontecimento este fundamental para o ínicio do movimento revolucionário que viria a concretizar-se na chamada revolução de Outubro, e que marcaria definitivamente, até a atualidade, o dia 8 de março como o Dia Internacional da
Mulher. (Informações: On the Socialist Origins of internacional Women’s Day retiradas de Ana Izabel Àlvarez González 1999).
Suponhamos que todas estas vertentes tiveram um cunho socialista, estabeleceu na humanidade um olhar mais abrangente de um mundo mais igualitário. Uma humanização dentro da perspectiva que a mulher seja a transformadora das visões arrebatadoras do amor e da realidade promissora. Não foi em vão que o grande Mestre quando habitou entre nós ofereceu a uma mulher a visão de uma verdade absoluta.
Zezé Negrão.