Na verdade, mais brasileiros migraram para a Venezuela (6.119) do que venezuelanos migraram para o Brasil (3.515) na primeira metade de 2017, de acordo com o relatório sobre a divisão da população (2017) produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, que pode ser baixado aqui.
O fluxo de migrantes venezuelanos para a Argentina também foi quase dez vezes menor do que o de argentinos para a Venezuela: 1.286 contra 10.098. Já em relação à Colômbia, país que é retratado na mídia como o que mais recebe a “onda” de “refugiados” venezuelanos, esses números são ainda mais distintos: 988.483 colombianos foram viver na Venezuela durante o período abarcado pelo relatório, enquanto 49.829 venezuelanos migraram para a Colômbia.
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Ainda segundo o relatório da ONU, em 2017 a Venezuela teve 657.439 cidadãos que se mudaram do país. Um número bem menor do que a Argentina (977.209), o Brasil (1.612.860) ou a Colômbia (2.736.230). No percentual comparado, a Venezuela teve 2,1% do total de sua população emigrando em 2017, enquanto que a Argentina teve 2,2% e a Colômbia teve incríveis 5,6%. De fato, este último país é considerado um dos maiores emissores de refugiados no mundo pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Foram 1,426 milhão de imigrantes acolhidos pelo país de Nicolás Maduro, atrás apenas da Argentina, que recebeu 2,165 milhões. O Brasil, por sua vez, recebeu 736 mil imigrantes.
Os países de origem dos imigrantes que chegaram à Venezuela em 2017 foram, na ordem, Colômbia (988.483), Espanha (75.744), Portugal (55.441), Itália (51.863), Peru (47.739) e Equador (37.549). A Venezuela também foi o país que mais acolheu imigrantes sírios (15.875), além de ter recebido 11.417 cidadãos dos EUA.