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Feira tem 90 mil “superendividados” e Procon atende a este segmento, até dia 16


Publicado em: 13 de março de 2018


Cerca de 90 mil pessoas em Feira de Santana tem o perfil de superendividados, aquelas cujos rendimentos mensais são inferiores as contas do período, principalmente as ligadas a bancos – cheques especiais e cartões de crédito, mais crediários no comércio, de acordo com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojista).

Quem está com dívidas acima da capacidade de pagamento terá, entre os dias 12 e 16, um período especial para negociar seus débitos em condições favoráveis, negociações especiais. Os interessados deverão se dirigir ao Procon de Feira de Santana, que vai entrar em contato com os credores para equacionar o problema – muitos já aceitaram em participar deste esforço coletivo.

A atividade está relacionada ao Dia do Consumidor, comemorado no dia 15 deste mês. E a expectativa do Procon é de que cerca de 500 pessoas procurem o órgão em busca de solução dos seus problemas de endividamento.

Os “superendivados” não estão honrando seus débitos que, com os juros altos, se transformam em altos montantes que os levam à insolvência. “O que a gente vai buscar é uma maneira de pagar o débito de maneira menos onerosa para estas pessoas”, disse a superintendente do Procon, a advogada Suzana Mendes. “Geralmente quanto estas negociações são feitas diretamente, as condições de pagamento nem sempre são vantajosas para os cidadãos que deseja pagar suas dívidas”. Os prazos para a resposta dos credores às propostas do Procon demoram entre cinco e 20 dias – se não houver resposta instaura-se processo administrativo.

O aposentado Raimundo dos Santos disse que há algum tempo enfrenta problemas com a rolagem de dívidas, com cartão de crédito e cheque especial e que seus rendimentos não cobrem as obrigações – incluindo o pagamento de parcelas da dívida. “Quero fazer um acordo dentro da minha realidade financeira. Por isso estou aqui para ser orientado”. Ele disse que não está sabendo muito o que fazer com relação às dívidas, visto que tem outros gastos com a família e que o problema está caminhando para se tornar impagável. “Estou aqui no Procon em busca de uma saída honrosa”.

Fonte: Secom/PMFS