Senador diz  que possível candidatura de Lula a presidente em 2022 mexe com o cenário político do país

O presidente do PSD na Bahia, senador Otto Alencar, afirmou na terça-feira (9) que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de anular todas as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no âmbito da Operação Lava-Jato, foi “correta” e fez “cair a máscara” do ex-juiz Sergio Moro.

O parlamentar ressaltou ainda que o entedimento de Fachin expõe a insegurança jurídica que o Brasil vive até nas cortes superiores. “Também ficou clara, mais uma vez, a interferência política no processo contra o ex-presidente Lula. Interferência do ex-juiz Sergio Moro, que deixou de ser juiz para ser ministro do presidente Jair Bolsonaro. Foram sentenças frágeis, sem provas, eles não tinham provas. Caiu a máscara dele, caiu a máscara do Sergio Moro. Agora, o ex-presidente Lula será julgado sem os vícios e sem a interferência política nas decisões. Será julgado de maneira certa”, salientou.

Otto diz acreditar que a possível candidatura de Lula a presidente em 2022 mexe com o cenário político do país.

“A política brasileira vive de espamos, de movimentos. Se o ex-presidente Lula decidir ser candidato em 2022 vai movimentar e mexer a política. Nossa política vive em crises depois da Ditadura, o governo Collor, depois Itamar, FHC, tranquilidade nos governos Lula, depois o impeachment de Dilma, o péssimo governo de Michel Temer, do ponto de vista político, moral mesmo. Agora o governo Bolsonaro, que vive em uma eterna crise, muitas dessas crises criadas e alimentadas pelo próprio presidente. No meio disso tudo, a pandemia, a falta de ação do Ministério da Saúde, do próprio presidente. Parafraseando e adaptando a música de Caetano Veloso: ‘Brasil, quão dessemelhante”, analisou o senador.

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