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Conservador Guillermo Lasso é eleito presidente do Equador


Publicado em: 12 de abril de 2021


Herdeiro político do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), Andrés Arauz assumiu derrota no segundo turno

 

O ex-banqueiro Guillermo Lasso foi eleito presidente do Equador no domingo (11), em sua terceira candidatura à presidência do país. Lasso faz parte da direita conservadora e derrotou o economista de esquerda Andrés Arauz no segundo turno das eleições. Com 96,92% dos votos apurados, Lasso registra 52,52% dos votos válidos, contra 47,48% de Arauz, dando a vitória antecipada matematicamente à Guillermo Lasso.

No primeiro turno das eleições, Lasso havia conquistado o segundo lugar, com 19,74% dos votos, enquanto Arauz tinha registrado 32,72%. O terceiro colocado, com 19,38% dos votos, Yaku Pérez, não declarou apoio a nenhum dos candidatos.

O ex-banqueiro havia concorrido à presidência do Equador em 2013 e 2017, quando foi derrotado. Lasso representa a direita tradicional e reúne apoio entre empresários, alguns meios de comunicação e eleitores desencantados com o socialismo do século 21 que Correa proclamava. Lasso assumirá o comando do país de 17,4 milhões de habitantes a partir de 24 de maio, substituindo o impopular Lenín Moreno, que deixa o cargo hostilizado pelas críticas à gestão da pandemia da Covid-19 e seus efeitos econômicos.

Andrés Arauz, candidato batido na disputa presidencial, tem 36 anos e caso tivesse sido eleito seria o presidente mais jovem da América Latina. Ele é conhecido por ser o herdeiro político do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017). O ex-chefe de Estado ainda orbita no cenário local, apesar de estar há quatro anos fora do Equador e ter sido condenado por corrupção, processo que atribui a uma perseguição política. Muito ativo no primeiro turno, Correa praticamente desapareceu na reta final da campanha, na tentativa de proteger seu pupilo das forças que o repelem. O ex-presidente está na Bélgica desde 2017.

Por Augusto Romeo