Publicado em: 7 de agosto de 2021
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL-Foto), afirmou na sexta-feira que levará a proposta sobre a implantação de um voto impresso para urnas eletrônicas nas eleições ao plenário da Casa, apesar de a proposta ter sido derrotada em comissão especial sobre o tema na véspera.
Lira disse que a decisão visa pacificar as eleições de 2022, depois que o tema do voto impresso se tornou motivo de enorme tensão entre o presidente Jair Bolsonaro –ferrenho defensor da proposta– e a cúpula do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que defende a lisura do sistema atual. “Voto impresso está pautando o Brasil, não é justo com o país”, disse Lira em pronunciamento transmitido pela TV Câmara. “Para quem fala que democracia está em risco, não há nada mais livre, amplo e representativo do que deixar o plenário manifestar-se”, acrescentou. Na véspera, a comissão especial da Câmara rejeitou por 23 votos a 11 a adoção do voto impresso pelas urnas eletrônicas, em uma importante derrota para Bolsonaro. Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para a mudança ser aprovada precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação e depois, também em duas rodadas, os votos de 49 dos 81 senadores. (NA) |