- Crédito da Foto: Roney Suzart/ Ag. Haack/ Bahia Notícias - Publicado em: 17 de fevereiro de 2022
O governador Rui Costa falou publicamente, pela primeira vez, sobre a reunião que teve na última terça-feira (15) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar para tratar da composição majoritária da Bahia em 2022 – e minimizou as informações divulgadas nos bastidores (lembre aqui). Segundo interlocutores, o encontro teria acontecido após Rui ter decidido ser candidato ao Senado, o que obrigaria os aliados a uma rearrumação de forças na Bahia.
“As conversas estão evoluindo. Nós acertamos que, na primeira quinzena de março, é o prazo que nós colocamos, estaremos com o desenho da chapa majoritária, das alianças, definido”, indicou o petista. Caso ele opte por renunciar para concorrer a senador, um dos rascunhos possíveis seria a substituição de Wagner por Otto na corrida pelo governo do estado, algo que ninguém admitiu publicamente até aqui. “Nós anunciaremos esse leque de alianças e a composição da chapa até o dia 13 de março, que é um domingo”, garantiu.
Apesar de rechaçar o que chamou de “universos paralelos, com outras realidades”, numa alusão a construções de cenários que circularam na imprensa nacional, o governador baiano não negou a eventual intenção de concorrer ao Senado. “Eu me sentirei profundamente realizado de concluir até o dia 31 de dezembro de 2022 o meu mandato (…). Sei da importância que a Bahia tem hoje no cenário nacional, por isso não posso me negar a discussão de qualquer alternativa”, despistou, em um tom que não especifica se vai ou não permanecer até o final do ano como governador.
Durante a fala, Rui enumerou, em mais de um momento, o feito de ter sido reeleito em 2018 com a maior votação nominal e percentual da história da Bahia, ao mesmo tempo em que negou ter o perfil de político de “carreira solo”. Dentro do PT e da própria base, todavia, a possível candidatura dele a senador foi encarada como uma decisão unilateral, sem consulta ao entorno – incluindo o próprio Wagner, de quem é afilhado político e que seria impactado diretamente pela opção.
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