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Macron após conversa com Putin: “O pior ainda está por vir”


Publicado em: 4 de março de 2022


Mesmo com pressão internacional, presidente russo fez novas ameaças, no momento em que ocorre reunião de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou por 90 minutos com o líder russo, Vladimir Putin, e não saiu com uma boa impressão do encontro. Segundo comunicado oficial, Macron concluiu que “o pior ainda está por vir”, em relação à guerra na Ucrânia. “Não há nada que Putin tenha nos dito que nos reassegure. Ele mostrou grande determinação em prosseguir com a operação“, afirmou um assessor. O Kremlin divulgou nota que confiram “parte” das afirmações francesas.

No telefonema entre os dois presidentes, Putin continuou a afirmar o objetivo de “desnazificar” a Ucrânia. Macron, por sua vez, teria dito que o argumento não é válido e pedido para que os russos evitassem mortes de civis, assim como permitisse o acesso de ajuda humanitárias.

Pelo seu lado, Moscou confirmou parte das afirmações francesas. Segundo documento do Kremlin, Putin disse “a Rússia pretende continuar com sua rigorosa luta contra os militantes de grupos armados nacionalistas”.

Nesta quinta-feira (3/3), em pronunciamento transmitido ao vivo do Kremlin, sede do governo russo, Putin voltou a chamar os ucranianos de neonazistas e fez uma série de acusações.

“Os neonazistas usam civis como escudos e blindados em áreas residenciais”, iniciou. O líder russo completou. “Os nacionalistas não estão permitindo a retirada segura das pessoas”, disse, referindo-se aos refugiados. Mais de 1 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia.

“Eles são brutais e agem de forma cruel com a comunidade. Nossos soldados estão fazendo o possível para não haver vítimas”, completou.

Segundo Putin, corredores verdes – ou seja, rotas de fuga – e veículos são oferecidos em todas as zonas de combate. A criação dessas áreas foi tema de um apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista gravada.

Putin comemorou as conquistas das suas tropas e prometeu aumentar a remuneração dos combatentes. “Eles lutam pela Rússia, pela vida pacífica em Donbass, pela desmilitarização e pela desnazificação”, frisou.

“A operação especial está saindo estritamente como o planejado e de acordo com o cronograma. Os soldados russos estão avançando na Ucrânia”, concluiu, ao pedir um minuto de silêncio pelas vítimas.

Metrópoles