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Acusado de assédio sexual, presidente da Caixa deve deixar o cargo nesta quarta-feira


Publicado em: 29 de junho de 2022


Acusado de assédio sexual por funcionárias da Caixa Econômica Federal, o presidente da instituição, Pedro Guimarães, deve deixar o cargo nesta quarta-feira (29). Segundo assessores próximos de Jair Bolsonaro, o presidente vai ter uma reunião agora pela manhã em que vai definir a saída do auxiliar, cuja permanência no cargo ficou “insustentável”.

Um auxiliar presidencial disse ao blog que o presidente já havia decidido na terça à noite, após chegar de viagem a Brasília, pela demissão do presidente da Caixa e estava acertando os últimos detalhes. “Ele não tem mais condições de ficar no governo, ficou insustentável”, disse um assessor direto do presidente.

Guimarães, segundo informações publicadas inicialmente pelo portal “Metrópoles”, é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal por assediar sexualmente funcionárias da Caixa, principalmente durante viagens, nos hotéis em que a equipe do presidente do banco ficava hospedada. Logo após a informação ter sido divulgada, assessores diretos de Bolsonaro defenderam a demissão de Guimarães.

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Presidente da Caixa é acusado de assédio sexual por cinco funcionárias

As denúncias de assédio sexual contra Guimarães já eram de conhecimento do Palácio do Planalto e da equipe presidencial. Segundo um assessor, Bolsonaro chegou a conversar com o presidente da Caixa há cerca de um mês sobre o caso, alertando que se algo fosse comprovado e viesse a público, ele seria demitido.

‘Fama’

Um assessor presidencial disse ao blog que a “fama” de Pedro Guimarães já era conhecida, mas que ele sempre se defendia dizendo que era alvo de “intrigas”. Até o momento não se sabia que o Ministério Público Federal estava investigando o caso. “Agora, com essa informação da investigação do Ministério Público Federal, a situação dele fica insustentável”, disse ao blog um assessor presidencial.

Dentro do Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, assessores e aliados de Bolsonaro chamavam o presidente da Caixa de “Pedro Maluco” diante das informações que circulavam sobre seu comportamento com funcionárias da instituição.

Guimarães é um dos assessores mais próximos do presidente da República, frequentemente ao lado dele em eventos no Palácio do Planalto, em viagens e nas transmissões ao vivo feitas por Bolsonaro às quintas-feiras.

Segundo um aliado, para um presidente que tem sofrido forte rejeição do eleitorado feminino, o caso envolvendo Guimarães é péssimo para a imagem do governo e de Bolsonaro. Ele defendeu uma ação rápida, com o afastamento do presidente da Caixa imediatamente.

G1