Publicado em: 7 de julho de 2022
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou, nesta quinta-feira (7), a sua renúncia à posição de líder do Partido Conservador.
Boris pretende permanecer no cargo de premiê até o outono no Hemisfério Norte, para que os conservadores tenham tempo de eleger um novo líder para o suceder.
O anúncio de Johnson ocorre em meio a escândalos que pautaram os noticiários do mundo nos últimos meses. O estopim se deu após a renúncia coletiva de mais de 50 integrantes de seu governo.
A principal e mais recente causa da instabilidade é relacionada ao parlamentar Chris Pincher, demitido na última quinta-feira em meio a alegações de que Johnson o havia nomeado para seu governo mesmo sabendo de acusações de má conduta sexual.
Quando novos relatos sobre outros casos relacionados a Pincher, enquanto era ministro das Relações Exteriores, surgiram, foi negado que o premiê soubesse qualquer coisa a respeito da situação.
Na manhã de terça-feira (5), Simon McDonald, ex-funcionário público do Ministério das Relações Exteriores, revelou que Johnson havia sido informado pessoalmente sobre o resultado de uma investigação sobre a conduta do ex-membro do governo, provocando uma onda de demissões ao longo do dia.
O primeiro-ministro reconheceu na terça-feira que “foi um erro” nomear Pincher para seu governo, mas o dano já havia sido feito.
A situação se agravou ainda mais nesta quarta-feira (6), com a renúncia de uma série de colegas de alto escalão que disseram que ele não estava apto para governar.
Boris Johnson ocupa o cargo de primeiro-ministro há três anos, tendo sido eleito em votações internas do Partido Conservador do Reino Unido em julho de 2019, substituindo Theresa May, que havia renunciado ao cargo.
Por CNN Internacional