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Simone Tebet defende a igualdade salarial e ensino médio técnico


- Crédito da Foto: MIGUEL SCHINCARIOL / AFP - Publicado em: 29 de agosto de 2022


Durante o debate, Simone Tebet falou sobre pandemia, sua participação na CPI da Covid-19, preocupação em como diminuir a fila do SUS

 

A candidata à presidência da república, Simone Tebet (MDB), participou do debate realizado pela Band no domingo (28). Ela falou das suas propostas de governo, harmonia entre poderes e citou os principais pontos que preocupam os brasileiros: economia, educação, saúde pública e tem o discurso em tom de pacificar o Brasil caso seja eleita.

Simone Tebet chegou à Band com sua candidata à vice, Mara Gabrilli (PSDB), e disse que o debate é o momento de se apresentar ao Brasil, e também para mostrar suas propostas e soluções reais para os problemas da vida cotidiana do brasileiro.

 

Durante o debate, Simone Tebet falou sobre pandemia, sua participação na CPI da Covid-19 em 2021, sua preocupação em como diminuir a fila do SUS. Simone também comentou sobre suas principais propostas para o ensino médio e inentivo aos jovens para que permaneçam nas escolas.

Simone foi questionada sobre como pretende acabar com a fila do SUS. Ela diz que a pandemia do coronavírus deixou sequelas no Sistema Único de Saúde, já que consultas, exames e cirurgias que eram considerados eletivos foram cancelados. Sua proposta é decretar calamidade pública e estado de emergência, um crédito extraordinário. Cada exame, consulta, cirurgia atrasada vai ser imediatamente pago, para que a população brasileira não possa morrer prematuramente das doenças, da sequela da pandemia da covid-19

Tebet diz que as Santa Casa e redes filantrópicas atendem 60% das cirurgias de média e alta complexidade. Cita que o Brasil não tem acesso preventivo à saúde porque a tabela do SUS está defasada. Se eleita, Simone vai atualizar a tabela SUS para 25% ao ano e até 100% quando completar quatro anos de governo;

“Infelizmente, educação nunca foi prioridade no país. Educação nunca foi colocada como um projeto nacional, de Estado, e não de governo. É por isso que os indicadores da educação estão nesse patamar há mais de 30 anos”, observa Simon. Ela questiona a candidata Soraya sobre como resolver a questão da educação do Brasil, em seu comentário discorre em relação ao ensino médio técnico profissionalizante, que pretende fazer com que saia do papel para que o jovem termine a escola e vá para o mercado de trabalho.

Sua proposta é criar o “Poupança Jovem”, onde cada estudante ganhará dinheiro de forma anual e no final do terceiro ano do ensino médio receberá um valor de R$ 5 mil, que ficará disponível para comprar o que desejar, como uma moto ou celular. “A educação vai ser prioridade, pela primeira vez na história do Brasil. Eu sei porque sou professora, a educação salva”, comenta Simone.

Um tema bastante comentado durante o debate foi o feminismo e a violência contra a mulher. “Ser feminista é defender o direito das mulheres, não é a esquerda ou direita que vai dizer e capitanear essa pauta”, diz Simone Tebet. Ela diz que não é possível, no Brasil com maioria feminina, inclusive no colégio eleitoral, homens e mulheres com a mesma atividade e profissão mulher ganhar menos. Se for eleita, comenta que vai tirar da gaveta do Senado a proposta de lei que garante a igualdade de salário.

Em um dos confrontos diretos, Simone questiona Bolsonaro: por que tanto ódio às mulheres? Ela comenta que não pode ter um governo que mente, que desfila ódio e que, se for eleita, seu governo será de amor e cuidados verdadeiros

A jornalista Thays Freitas, da Rádio Bandeirantes, questionou sobre o deslocamento de grãos no país. “O Brasil precisa de investimento privado para voltar a crescer (construção de ferrovias). Estamos falando de 2,5 milhões de empregos. Construir ferrovias significa deixar o grão mais barato, transporte mais rápido, de forma ecológica e se tornar mais competitivo com o mercado internacional”, comentou Simone.

Em resposta à jornalista Ana Estela de Souza Pinto, da Folha de S. Paulo, Simone assume o compromisso de que seu ministério será paritário entre homens e mulheres em seu governo. Segundo ela, basta haver experiência e competência administrativa e que vai garantir a participação de negros em sua gestão, mas, principalmente, não terá ninguém envolvido em corrupção

“No país da fome, da miséria, dos candidatos falando do passado, alimentando ódio… o Brasil é muito maior que Bolsonaro e Lula. Vamos colocar pessoas em primeiro lugar, acabar com a fome e combater a discriminação”, reitera Tebet. Ela finaliza dizendo que, se eleita, vai recuperar o Brasil de verdade e vai resolver definitivamente os problemas da população.