- Crédito da Foto: Divulgação - Publicado em: 9 de janeiro de 2023
O presidente Lula, em reunião com governadores nesta segunda-feira (9), disse que o país não vai permitir que a democracia escape das mãos.
Lula convocou a reunião após os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, no domingo (8), quando uma minoria radical de bolsonaristas depredou o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foram a Brasília 23 governadores. Os outros quatro estados enviaram representantes. Todos os discursos no encontro foram de defesa da democracia e repúdio aos ataques do domingo.
Lula, ao encerrar a reunião, disse que a democracia é o único regime que pode possibilitar que todas as pessoas no Brasil possam fazer três refeições por dia.
“Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque é a única chance de a gente garantir que esse povo humilde consiga comer três vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar”, disse Lula.
Ele também afirmou que as instituições vão investigar e vão chegar até os financiadores dos atos golpistas em Brasília.
“Em nome de defender a democracia, não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, continuou.
Críticas ao negacionismo
O discurso de Lula teve um forte tom de críticas ao que ele chamou de negacionismo, principalmente o negacionismo eleitoral.
Lula não citou diretamente o nome de Jair Bolsonaro, a quem se referiu como o “ex-presidente”. Mas mencionou as acusações infundadas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral.
“O que estamos fazendo aqui é tentar reparar um defeito de lá atrás, quando se começou a se negar tudo neste país”, disse Lula.
O presidente citou que, após o resultado da eleição, uma parte dos apoiadores de Bolsonaro “começou a reivindicar a negação da urna eletrônica, que já foi provado que é a coisa mais evoluída em termos eleitorais”.
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Por Pedro Henrique Gomes, Paloma Rodrigues e Ana Paula Castro, g1 e TV Globo — Brasília