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Mudança na PGR pode impulsionar investigação que apura interferência de Bolsonaro na PF


- Crédito da Foto: Tânia Rego/Agência Brasil - Publicado em: 27 de agosto de 2023


 

Agentes próximos à investigação apostam na saída Augusto Aras, que já pediu arquivamento do caso

 

 

O inquérito que apura a suposta interferência de Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF) pode ganhar novos rumos em setembro. As apurações sobre a investigação mais antiga contra o ex-presidente podem avançar com um novo procurador escolhido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Blog do Noblat, do Metrópoles, alega que agentes próximos à investigação apostam na mudança da chefia da Procuradoria-Geral da República por Lula, retirando Augusto Aras do cargo. Em abril, o inquérito foi rejeitado pelo procurador, que já pediu arquivamento do caso.

A expectativa é de que Lula não reconduza Aras ao cargo. A medida, caso seja adotada pelo chefe do Executivo, evitaria “obstáculos” vindo do Ministério Público, dando novo impulso as investigações.

A acusação contra Bolsonaro completa três anos em 2023. Ela foi originada em 2020, quando o então ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu demissão e acusou Bolsonaro de interferir na PF. O agora senador alegou na época que o ex-mandatário buscava acesso às investigações em andamentos para “beneficiar aliados”.

Em 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Alexandre de Moraes, recebeu da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, um pedido para arquivar o inquérito. No texto foi alegado que não era possível imputar a prática de crimes a Jair Bolsonaro ou a Sergio Moro.