Publicado em: 8 de maio de 2024
O epicentro do tremor foi em uma área de montanha, a 70 km da cidade histórica de Marrakech. O número de feridos também passa de 2 mil.
Forte terremoto na noite de sexta-feira (8), no Marrocos, matou mais de 2 mil pessoas. O número de feridos também passa de 2 mil. O governo marroquino decretou luto nacional de três dias.
O terremoto durou apenas 15 segundos, mas provocou muita destruição. O epicentro do terremoto foi na Cordilheira do Atlas, a cerca de 70 km de Marrakech. O tremor foi sentido também em países africanos vizinhos e no sul da Europa.
Em Marrakech, a maior cidade perto do tremor, pessoas corriam na nuvem de poeira para buscar um local seguro. O tremor de magnitude 6,8, segundo o Serviço Geológico Americano, surpreendeu a todos. Muita gente não entendeu o que estava acontecendo.
Um homem diz que ouviu um metal fazendo barulho e achou que era um gato. Um outro pensou que era uma chuva forte. A jovem conta que a mãe avisou que era um terremoto e ela respondeu: “Impossível”.
Já passava das 23h, hora local, 19h30 em Brasília. Nas zonas turísticas, bares, boates e restaurantes estavam lotados. Vídeos que circulam nas redes socais mostram a correria, a desorientação. Com medo de novos tremores, muita gente achou mais seguro dormir na rua. Em um hotel, os hóspedes se abrigaram à beira da piscina.
Só de manhã foi possível ver o tamanho da destruição nas vielas estreitas de Marrakech. A cidade – que é Patrimônio Mundial da Unesco – sentiu fortes tremores. Uma comparação de fotos mostra o que restou da torre de uma mesquita na principal praça do centro histórico.
Comparação de fotos mostra o que restou da torre de uma mesquita na principal praça do centro histórico — Foto: Reprodução/TV Globo
A preocupação é com as construções antigas, coladas umas nas outras. Um homem diz que não consegue chegar até a casa dos pais idosos porque os escombros bloqueiam o caminho.
A Organização Mundial da Saúde diz que 300 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelo tremor. E a Cruz Vermelha Internacional acha que os esforços de resposta a esta tragédia devem duram anos, devido ao tamanho da devastação.
Os hospitais estão lotados de feridos e de quem quer ajudar. Muita gente correu para doar sangue, inclusive turistas. Onde as equipes de socorro não conseguem chegar, o resgate é improvisado. Já passa da meia noite no Marrocos, e a busca por sobreviventes continua. A cada hora que passa, fica mais difícil achar alguém com vida.
Os governos europeus, por enquanto, não estão desaconselhando viagens para o Marrocos e os principais aeroportos do país continuam abertos. Neste sábado (9), a maior companhia aérea do Reino Unido mandou aviões maiores para resgatar turistas europeus. Um turista francês que já voltou para casa agradece a Deus por estar vivo.
Ao longo do dia, o número de mortos nessa tragédia foi aumentando. isso porque os socorristas tentam atingir os vilarejos que ficam em áreas mais remotas — em meios às montanhas.
A última informação do governo marroquino é que 2 mil e doze pessoas foram encontradas sem vida. O número de feridos também passa de 2 mil – sendo 1,4 mil em estado crítico de saúde. O rei do Marrocos, Mohammed Sexto, prometeu comida e abrigo para os desalojados – principalmente as crianças e os mais vulneráveis.
Na noite deste sábado (9), o governo de Israel ofereceu o envio de equipes altamente especializadas na busca de sobreviventes em tragédias como estas. Mas ainda não recebeu o sinal verde do governo do Marrocos.
As equipes de resgate acreditam que ainda há muita gente sob os escombros.
Por Jornal Nacional