Publicado em: 18 de julho de 2018
Time ‘Javalis Selvagens’ e técnico deram entrevista após deixarem hospital; veja principais frases. Grupo ficou preso em caverna por mais de duas semanas e sobreviveu a resgate dramático.
Os 12 garotos e o técnico que foram resgatados de uma caverna na Tailândia deram nesta quarta-feira (18) sua primeira entrevista após alta do hospital. Eles contaram em detalhes como ficaram presos na caverna e como foram as mais de duas semanas de isolamento. Também falaram sobre o resgate dramático, a final da Copa do Mundo e o que querem fazer agora.
Veja as principais frases do grupo:
Presos na caverna
“Tentamos cavar, pensando que não podíamos esperar as autoridades”, mas não adiantou, disse o técnico Ekkapol Chantawong, de 25 anos.
Durante a entrevista, o treinador contou como percebeu que o grupo estava preso na caverna, disse que tentaram “achar um novo caminho” e que o nível de água parecia não descer.
“Meu nome é Ekkapol Chantawong, apelido Aek. Estou de volta ao jogo, e eu sou o treinador”, afirmou o treinador ao se apresentar na entrevista. Ele e os 12 garotos se apresentaram dizendo nome e em qual posição jogam no time de futebol.
“Meu nome é Chanin Wiboonrungrueng. Meu apelido é Tun e jogo pela direita e pela esquerda, à frente.”
Os dias na caverna
“Bebíamos água que caía das rochas”, disse Pornchai Khamluan, de 15 anos.
O grupo contou que estava em um local profundo da caverna e que alguns deles sabiam nadar, mas não todos. Eles disseram também que como havia apenas um caminho na caverna, não tinha a possibilidade de eles estarem perdidos.
Um dos garotos afirmou que sentiu medo por não poder voltar para casa.
Outro menino relatou que se sentiu fatigado com o passar dos dias dentro da caverna. Um garoto também afirmou que se sentiu fraco e que tentava não pensar em comida.
“Escavávamos a caverna com pedras. Escavamos 3 ou 4 metros”, contou um dos meninos.
Encontro com os mergulhadores
“Um milagre”, afirmou Adul Sam-On, de 14 anos, ao comentar que o grupo foi encontrado por mergulhadores.
“Foi à noite. […] Ouvimos vozes. O técnico nos disse para ficar quietos, que havia vozes de pessoas. A gente não sabia se era real. Então paramos e ouvimos. E era verdade. Fiquei chocado”, disse Adul.
O treinador disse que o grupo e os mergulhadores do resgate eram “como família” no tempo em que ficaram juntos na caverna.
Copa do Mundo
Os garotos afirmam ter assistido ao jogo entre França e Croácia pela final da Copa do Mundo da Rússia, no último domingo.
Um dos garotos contou que os médicos deram a eles a “tarefa” de assistir ao jogo e que a maioria deles torceu pela França, seleção que conquistou o bicampeonato.
E agora, depois do resgate?
Um dos meninos afirma que quer, depois de ter ficado preso na caverna e ser resgatado, ser um “cidadão de qualidade”.
“Quero voltar à caverna”, afirmou um dos meninos.
“Deixar minha mãe orgulhosa”, disse outro garoto.
“Ajudar as pessoas”, afirmou um terceiro.
“Viver cada um dos segundos” da vida, disse outro.