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Valores Olímpicos


- Crédito da Foto: Reprodução - Publicado em: 31 de julho de 2024


Os Jogos Olímpicos que estão acontecendo em Paris, França, são o maior espetáculo esportivo do planeta. Eles ocupam espaços na grande mídia e nas redes sociais. Nossos olhares estão voltados para 205 delegações e milhares de atletas, que disputam medalhas e representam mais de duas centenas de países. Esse momento histórico é oportuno para uma reflexão sobre os valores do esporte e dos Jogos Olímpicos.

 

NOS ÚLTIMOS anos, o esporte difundiu-se em todos os quadrantes do mundo, ultrapassando diversidades de culturas e de nações. Desenvolveu-se como um dos fenômenos típicos da modernidade. Cresce, também, cada vez mais, a consciência de que não é possível afastar os exercícios físicos da nossa vida diária. A prática esportiva se traduz em qualidade de vida.

A ORGANIZAÇÃO das Nações Unidas (ONU) assegura que o esporte é um direito humano essencial para que as pessoas, de qualquer idade, possam ter uma vida sadia. Diversos países, ultimamente, substituíram espetáculos, onde morriam pessoas, por competições esportivas pacíficas, saudáveis e que favorecem o desenvolvimento integral da pessoa humana.

A ATIVIDADE esportiva contribui para a interação, inclusão social, cooperação e respeito entre as pessoas. Previne doenças e, acima de tudo, coloca indivíduos e comunidades lado-a-lado, diminuindo diferenças étnicas e culturais. Contribui, por isso, para o desenvolvimento econômico, cultural e social; melhora a saúde e o bem-estar de pessoas de todas as idades.

DO PONTO de vista religioso, o esporte é de grande importância. A Igreja sempre o valorizou e o considera uma “Academia de vida humana e cristã”, onde podem ser desenvolvidas muitas virtudes. O apóstolo Paulo, em sua segunda carta aos Coríntios, exorta os cristãos, com as seguintes palavras: “Não sabeis que no estádio todos os atletas correm, mas só um ganha o prêmio? Correi, portanto, de maneira a consegui-lo”. (II Cor 9,24).

 

OS JOGOS Olímpicos, portanto, são um encontro para além de todas as barreiras de língua, raça e cultura. Aproveitemos desse momento para celebrarmos a unidade entre os povos, mostrando que a paz, tão desejada, pode ser alcançada, com mãos unidas, de todos aqueles que buscam construir a verdadeira civilização da solidariedade. Eles podem oferecer uma valiosa contribuição para o diálogo e entendimento entre as nações.

* Dom Itamar Vian é Arcebispo Emérito de Feira de Santana (di.vianfs@ig.com.br).