A Rússia lançou um ataque noturno com mísseis e drones contra uma infraestrutura de energia no norte da Ucrânia, resultando em um grande incêndio no oeste do país e aumentando os níveis de cloro no ar, conforme relataram autoridades ucranianas na terça-feira (20), de acordo com o portal InfoMoney.

O comandante da Força Aérea da Ucrânia informou que as forças ucranianas conseguiram interceptar três mísseis balísticos e 25 dos 26 drones lançados, que atingiram nove regiões do país.

Na região nordeste de Sumy, próxima à fronteira com a Rússia, uma instalação de energia foi danificada, provocando apagões em 72 vilarejos e afetando mais de 18.500 consumidores. A administração regional informou pelo Telegram que equipes de reparo foram mobilizadas para enfrentar os danos.

Nos últimos seis meses, as instalações de energia ucranianas têm sido alvo de bombardeios quase diários, refletindo a continuidade do conflito desde a invasão em larga escala pela Rússia em fevereiro de 2022.

Embora a Ucrânia importe eletricidade de seus vizinhos da União Europeia, a quantidade não é suficiente para cobrir o déficit. Como resultado, os cortes de energia são frequentemente anunciados durante os picos de consumo noturno.

Durante o último ataque, a região ocidental de Ternopil também foi alvo, com uma instalação industrial e um reservatório de combustível sendo atingidos. Imagens de televisão mostraram grandes colunas de fumaça negra sobre Ternopil. A queima de combustível e materiais lubrificantes elevou os níveis de cloro no ar, conforme relatou o vice-chefe da administração regional de Ternopil, Viktor Ustenko. As autoridades recomendaram que a população permanecesse em casa.

Mais de 90 bombeiros estiveram envolvidos nos esforços para controlar o incêndio, e Ustenko afirmou que a situação está “totalmente sob controle”. Um ataque a Kiev foi repelido sem causar grandes danos ou vítimas, de acordo com as autoridades da cidade.

Moscou ainda não se pronunciou sobre os ataques desta terça-feira. Ambos os lados alegam que visam apenas instalações militares essenciais e não a infraestrutura civil, embora muitos civis tenham sido vítimas durante o conflito.

Desde a incursão das forças ucranianas na região russa de Kursk em 6 de agosto, Moscou tem intensificado seus ataques aéreos, enquanto as forças russas têm avançado gradualmente em áreas do leste da Ucrânia.