Bahia, 23 de outubro de 2024 às 15:02 - Escolha o idioma:

 ‘Eu preferia ter morrido no lugar da Marielle’, diz Domingos Brazão


- Crédito da Foto: Reprodução/Redes Sociais - Publicado em: 23 de outubro de 2024


 

O conselheiro do Tribunal de Contas do RJ prestou depoimento ao STF no caso em que é acusado de mandar matar Marielle e Anderson

 

 

Durante depoimento em audiência do Supremo Tribunal Federal (STF) para ouvir os supostos mandantes do homicídio da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Inácio Brazão negou conhecer grande parte dos integrantes do processo. Aos prantos, ele afirmou: “Preferia ter morrido no lugar da Marielle”. A informação é de uma matéria do Metrópoles.

Preso há sete meses, 26 quilos mais magro, Domingos responde a ação penal sob as acusações de homicídio qualificado e organização criminosa. Durante seu depoimento ao STF, nesta terça-feira (22), o réu acusou integrantes da Polícia Federal de não terem conduzido bem o processo que levou à sua acusação. Assim como seu irmão, Chiquinho Brazão, Domingos negou conhecer Ronnie Lessa ou Élcio de Queiroz, assassinos confessos da vereadora e delatores do caso. Sobre Lessa, ele complementou: “Ele está nos enterrando vivo. Preferia ter morrido no lugar da Marielle. Não dá para entender como esse rapaz dorme”.

O Metrópoles aponta que Domingos disse que “nunca foi ouvido no caso”, e que, se tivesse sido, a situação dele hoje seria diferente. “Nunca fui ouvido. Tô aguardando essa oportunidade de falar desde que começou a sair meu nome na imprensa. Estou há sete meses num presídio federal. Se eu tivesse sido ouvido antes, teríamos economizado o tempo de todo mundo. Mas não houve interesse”, disse.

“Esse pequeno grupo que ficou responsável por essa investigação, não sei se de maneira açodada ou por empolgação, não nos foi dada a oportunidade de sermos ouvidos e de esclarecer”, complementou o conselheiro do TCE-RJ.

O réu ainda prosseguiu em sua defesa: “A busca da verdade deveria ser o principal. Se o senhor ministro Alexandre de Moraes tivesse me dado a oportunidade de ser ouvido, não estaria passando o que estou passando. O interesse não era em esclarecer”, acrescenta o Metrópoles.