Publicado em: 16 de novembro de 2018
Mais de mil pessoas da América Central estão na cidade mexicana. Imigrantes enfrentam falta de estrutura e clima de tensão com os moradores.
Mais de mil pessoas da América Central estão se aglomerando em Tijuana, na fronteira do México com os Estados Unidos. O grupo tem enfrentado a falta de estrutura. E também um clima de tensão com os moradores da cidade mexicana.
Na porta do abrigo o funcionário avisa: Só mulheres com crianças. Não há espaço pra mais ninguém. Com abrigos em Tijuana lotados, os migrantes vão se espalhando pelas ruas da cidade, passando a noite no chão e no frio.
A cidade é a última parada no México antes que eles tentem apresentar o pedido de asilo às autoridades americanas.
A precariedade deve piorar em Tijuana nos próximos dias. Até agora chegaram 1.500 migrantes. Outros 6 mil já deixaram a Cidade do México e estão a caminho da fronteira.
A caravana começou em Honduras um mês atrás. Foi atraindo pessoas de outros países da América Central, principalmente Guatemala e El Salvador, antes de cruzar o México.
Quem já está em Tijuana vê do outro lado da cerca a operação militar que o presidente Donald Trump ordenou. Quase 7 mil soldados foram enviados para reforçar a segurança no lado americano da fronteira.
E quem esperava encontrar dificuldades para entrar nos Estados Unidos acabou se deparando, pela primeira vez, com protestos no México. Os mexicanos até agora estavam abraçando e ajudando os integrantes da caravana. Mas, em Tijuana, um grupo de pessoas se reuniu para gritar “fora daqui” e pedir que os migrantes voltem para seus países. Houve confusão e a polícia teve que intervir.