Publicado em: 5 de janeiro de 2019
Governo critica a convocação de novos atos, que classificou de insurreição, e disse que chegou o momento do país voltar à ordem
Manifestantes voltaram às ruas de Paris e de outras cidades francesas hoje (5) para uma nova onda de protestos liderados pelos “coletes amarelos” contra o presidente Emmanuel Macron, na primeira grande mobilização de 2019 no país. Segundo os manifestantes, o movimento quer destacar as dificuldades que a população enfrenta para sobreviver. O grupo surgiu no final do ano passado e se voltava inicialmente contra o aumento dos preços dos combustíveis. Depois, a pauta foi ampliada com reivindicações contra a política social e fiscal do governo.
O governo criticou a convocação de novos atos, que classificou de insurreição, e disse que chegou o momento do país voltar à ordem.
Em todo o país, as manifestações tiveram gritos de “fora Macron” e “fim da injustiça tributária” e, na capital, houve confronto entre parte dos manifestantes e forças de segurança. Não foram divulgados, porém, o número de feridos ou de detidos.
O presidente francês enfrenta uma grave crise de popularidade. Segundo dados divulgados nesta semana, 75% da população francesa desaprova o governo de Macron.
Desde o início do movimento, mais de 1,5 mil pessoas ficaram feridas, 53 delas gravemente, entre os manifestantes, e quase 1,1 mil entre as forças de segurança. Além disso, dez pessoas morreram, principalmente em acidentes nos bloqueios de estradas.