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A saúde política de Temer não anda nada boa em sua última chance


Publicado em: 8 de fevereiro de 2018


 

 

Por Genaldo de Melo

 

Até recentemente Michel Temer parecia imbatível com seu governo ilegítimo, atrapalhado e envolvido em tudo que não presta, capaz de aprovar todas as famigeradas reformas constitucionais com apoio ou sem apoio de povo, que não fez muita coisa nas ruas para tentar impedir os desastres. Ele tinha o apoio irrestrito de um Congresso Nacional que assassinou literalmente a chamada democracia representativa, e bastou para tanto liberar rios de dinheiro quando se falava vinte e quatro horas por dia em austeridade fiscal.

Aprovou a reforma trabalhista, a lei das terceirizações, assassinou a capacidade de os estudantes brasileiros assimilarem a possibilidade de análises críticas com as mudanças no Ensino Médio, congelou os recursos públicos para a saúde, educação e segurança pública, eliminou ministérios para ele indesejado, fez mudanças em conceitos elementares como o trabalho escravo e diminuiu os recursos no seu combate, fez e desfez tudo aquilo que quis e ninguém, absolutamente ninguém reagiu à altura.

Porém parece que com sua abissal impopularidade e com a aproximação das eleições gerais, uma das principais reformas constitucionais a que se dispôs fazer para fortalecer o papel do mercado e de seus interesses econômicos, a Reforma da Previdência, deverá ser seu calcanhar de Aquiles, e provavelmente a sua grande derrota. É que ele deixou para o final uma das coisas que mais mexem com o imaginário popular, pois a aprovação por exemplo da Reforma Trabalhista ninguém nem compreendeu ainda, o que se fará com o tempo, mas mexer na Previdência dos brasileiros, aí são outros quinhentos.

E como a maioria dos deputados e senadores canalhas, que não se importam com o povo e nem têm compromissos com este, pois pensam apenas em si mesmos,  entendem que apesar de não representar quem vota mas quem financia, sabem que o compromisso que têm são com as urnas, vai ficar tudo mais difícil. E como aprovar a Reforma da Previdência, aliás abrir o caminho para privatização da mesma perto das eleições pode causar prejuízos irreparáveis, deputados estão fugindo aos poucos de Michel Temer e Henrique Meirelles como o satanás foge da cruz num dia de missa!

Aos poucos vai ficando claro que Michel Temer pode até mesmo gastar os R$ 30 bilhões do povo brasileiro para tentar corromper deputados, mas a coisa não vai ser tão fácil assim como ele pensa. O recado foi dado nas entrelinhas da narrativa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ou seja, quando Temer vendo que não conseguirá os 308 votos necessários para a empreitada coloca a culpa também nas entrelinhas para os deputados, o chefe da casa menor do Congresso Nacional que quer ser candidato à presidente manda seu recado: o dia “D” de Temer é 20 de fevereiro para conseguir seus 308 votos. Caso contrário Rodrigo Maia não vai assumir o ônus da derrota iminente!

Com isso o jagunço de Cunha no governo, Carlos Marun, parece que está a todo custo tentando agradar seu novo chefe quando diz que faltam apenas quarenta votos, mas…! Confesso que fiquei com “peninha” do homem arrogante com 75 anos de idade, com problemas sérios de saúde física e mental, casado com aquela bela mulher, e que acha que sua impopularidade é porque tem gente que não vai com a cara dele, agora correndo o risco de não cumprir sua obrigação com seus patrões do mercado. Mas…!