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Agravos Cardiovasculares na Pandemia


Publicado em: 24 de agosto de 2021


Em tempos de pandemia de COVID19, fala-se cotidianamente sobre a importância do uso de máscara, álcool gel e medidas para evitar aglomerações. Faz-se necessária, obviamente, essa orientação. Os números da pandemia são assustadores! Porém, não podemos esquecer que as demais enfermidades seguem acometendo os indivíduos.

As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por cerca de 72% de todas as mortes no Brasil. Destas, cerca de 30% são as doenças cardiovasculares, com destaque para as doenças isquêmicas (Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2020). O receio de sair de casa para buscar assistência médica em meio ao furacão do coronavírus, as medidas de isolamento social e a falta de informação contribuíram para a descompensação de patologias como hipertensão, diabetes e dislipidemias, vilãs da saúde do coração.

Para ilustrar, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, através do site cardiometro.com, mostra que, somente neste ano, cerca de 200.000 pessoas foram a óbito por causas cardiovasculares. Não se pode ignorar esses números. Existem esforços por parte das sociedades médicas para alertarem sobre a importância de se tomar as medidas necessárias para minimizar os efeitos da pandemia sobre esse grupo de doenças.

Praticar atividades físicas regularmente, diminuir consumo de sal, gorduras e açúcares, tomar corretamente medicamentos de uso contínuo, evitar automedicação, controlar o peso, abandonar o tabagismo e diminuir consumo de bebidas alcoólicas são medidas essenciais para a manutenção da saúde cardíaca. Se apresentar dor no peito, palpitações, cansaço ou outros sintomas, procure imediatamente um médico para realizar uma avaliação.

Vinícius Silva Viana

CREMEB: 30638