9 de julho de 2020

A asma é uma doença crônica que causa inflamação nas vias aéreas. É a causa mais frequente de internamento hospitalar em crianças e traz impactos diretos e indiretos na qualidade de vida das mesmas.

É de origem multifatorial, sendo os fatores genéticos e os ambientais os principais desencadeantes da doença. A história familiar positiva para asma e/ou para outros quadros alérgicos, como a rinite, predispõe a criança ao desenvolvimento dessas patologias. Quanto à influência ambiental destacamos a exposição a elementos potencialmente causadores de alergia como a poeira, o ácaro, o mofo, a fumaça de cigarro, o pólen de plantas, os pelos de animais (principalmente cães e gatos); além das variações climáticas e das infecções respiratórias virais.

Os principais sintomas apresentados pelos pacientes asmáticos são: chiado e aperto no peito, tosse seca e/ou derivada de esforços físicos, respiração rápida e curta e falta de ar. Geralmente, os sintomas se intensificam à noite e no início da manhã.

O diagnóstico é basicamente clínico e pautado na história clínica e no exame físico do paciente, especialmente nas crianças abaixo de 5 anos. A partir dessa idade, testes de avaliação da função pulmonar já podem ser realizados, a exemplo da espirometria.

A asma é uma condição clínica que exige do paciente e de sua família uma vigilância constante na manutenção do tratamento medicamentoso e não medicamentoso, uma vez que a ausência de um acompanhamento rotineiro com um médico especialista e a não adesão à terapêutica instituída podem levar ao agravamento da doença e à perda da qualidade de vida da criança.

As medicações comumente utilizadas são os anti-inflamatórios da classe dos corticosteroides -orais e inalatórios- e os broncodilatadores de curta e de longa duração. Ademais, as medidas de redução da exposição aos fatores alergênicos como: 1) manter o ambiente arejado, limpo e sem poeira 2) evitar tapetes, cortinas, cobertores de lã, pelúcias e almofadas 3) evitar cheiros fortes e fumaças; a identificação dos sintomas de forma precoce, a manutenção de uma alimentação saudável, a prática de atividades físicas de forma supervisionada e a realização das vacinas específicas de cada idade são de fundamental importância para manter a asma sob controle.

Dra. Emile Lopes de Medeiros Santos- Pediatra

Clínica Consulped – Feira de Santana- Bahia.