- Crédito da Foto: Reprodução - Publicado em: 15 de julho de 2024
Testemunha contou que viu sniper escalando telhado e alertou seguranças, mas nada foi feito
O Serviço Secreto dos Estados Unidos confirmou que o suspeito de desferir um tiro de fuzil AR-15 contra Donald Trump, durante um comício na Pensilvânia, no sábado (13), era eleitor registrado do Partido Republicano, mesma sigla do ex-presidente norte-americano e atual candidato ao mesmo posto.
Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi abatido pela segurança, após o atentado. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que os snipers que integram a segurança de Trump atiram no acusado. Nas gravações, também é possível ver o corpo do suposto atirador.
O chefe de comunicações do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, detalhou que o suspeito efetuou vários disparos, de uma “posição elevada”, fora a área do evento.
Além de Donald Trump, que foi ferido, de raspão, na orelha direita, um homem que acompanhava o comício também foi atingido por um projétil e morreu.
Não há, até o momento, dados oficiais sobre a motivação do atentado. A polícia norte-americana trabalha para elucidar as circunstâncias do incidente, que, conforme a CNN, está sendo tratado como possível tentativa de assassinato. Todo o episódio foi transmitido ao vivo, via internet.
TESTEMUNHA ALERTOU SEGURANÇA – A uma repórter da BBC, um dos eleitores que acompanhava o comício de Donald Trump afirmou ter visto o suposto atirador escalando o telhado de um prédio, nas imediações, portando uma arma longa. Ele contou que chegou a alertar a equipe de segurança, mas que nada foi feito.
Na entrevista, o homem, identificado como Greg Smith, também declarou não ter entendido o motivo de os agentes não terem dado importância ao fato nem se movimentado no sentido de tirar Trump do local. “Pensei comigo mesmo: por que Trump ainda está falando, por que eles não o tiraram do palco?”, observou, salientando que o que se sucedeu a isso foram “cinco tiros”.
Em seu depoimento, Smith disse que o homem armado estava a uma distância de cerca de 120 metros e que não entendeu por que Trump seguiu com o discurso, após o aviso às autoridades.
O SUSPEITO – Thomas Matthew Crooks não tinha antecedentes criminais e era morador do subúrbio de Bethel Park, Pittsburgh. De acordo com a mídia local, ele se formou na Bethel Park High School, em 2022. O suspeito estava sem documentos, no momento em que foi morto, o que atrasou a identificação.
Matthew Crooks, pai do suposto atirador, disse à CNN que estava tentando entender o que aconteceu e que preferia esperar o desenrolar dos fatos para falar com a polícia, antes de comentar sobre o filho.
O QUE DISSE TRUMP – Após a alta hospitalar, ainda na noite de ontem, Donald Trump escreveu, em suas redes sociais, que tudo foi rápido e que ouviu apenas os estampidos e, em seguida, um zumbido. “Fui atingido por uma bala que passou pela parte de cima da minha orelha direita. Eu sabia imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros, e imediatamente senti a bala raspando pela pele. Muito sangue se espalhou, então percebi o que estava acontecendo”, destacou.
*Com informações dos portais de notícias Pragmatismo Político e Metrópoles