De acordo com a programação orçamentária apresentada, o setor rural será o principal beneficiário dos recursos, conforme as demandas historicamente registradas. Estão previstos R$ 3 bilhões para a agricultura, o que representa 30,6% do total; R$ 2,1 bilhões para a pecuária, correspondente a 21%; R$ 1,7 bilhão para comércio e serviços, com uma participação de 16,9%; R$ 1,5 bilhão para infraestrutura, que equivale a 15,3%; R$ 389 milhões para o turismo, com 3,3%; R$ 45,2 milhões para as agroindústrias, representando 0,5%; e R$ 40,7 milhões destinados a operações com FNE Sol e P-Fies, que se referem a energia fotovoltaica para fins residenciais e ao financiamento estudantil, respectivamente.
A presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-Bahia), Isabel Ribeiro, apresentou projeções sobre o cenário econômico do estado para os próximos anos. Ribeiro indicou que há perspectivas de fortalecimento do agronegócio, avanço tecnológico e o desenvolvimento da indústria verde. Destacou, ainda, que a introdução do hidrogênio verde e de outras fontes alternativas de energia está promovendo mudanças significativas nas características tecnológicas da região Nordeste.
A reunião de programação do FNE ocorre anualmente, sendo promovida pelo Banco do Nordeste em colaboração com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, assim como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O objetivo desse encontro é elaborar o planejamento e a distribuição do orçamento para cada um dos estados da área de atuação do BNB.
O superintendente estadual do Banco do Nordeste na Bahia, Pedro Lima Neto, afirmou que a participação dos representantes dos setores econômicos é essencial para garantir um alinhamento eficaz entre a aplicação do FNE, as necessidades econômicas do estado e as políticas públicas estaduais. “A programação do FNE é um instrumento de planejamento que apresenta à sociedade as expectativas de financiamento para cada setor produtivo do estado. Esse alinhamento é importante, pois os financiamentos são realizados de maneira coordenada e estruturada”, destacou Lima Neto.
O planejamento do FNE segue as diretrizes e orientações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel). Além disso, ele se integra às políticas públicas em níveis federal e estadual, levando em consideração a distribuição histórica das contratações, as expectativas de demanda por crédito em cada estado e as informações obtidas junto a parceiros institucionais e setores produtivos.
O evento de programação contou com a presença de representantes da Sudene, das Secretarias de Planejamento (Seplan), Desenvolvimento Econômico (SDE), Desenvolvimento Rural (SDR) e da Casa Civil do Governo do Estado da Bahia. Também estiveram presentes a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e a Federação do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio).