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Bolsonaro chama recepção de Lula por Macron de provocação: “Falam a mesma língua”


Publicado em: 26 de novembro de 2021


Segundo o presidente, o ex-presidente do Brasil e o líder francês “se entendem, falam a mesma linguagem”

Na quinta-feira (25/11), o presidente Jair Bolsonaro disse que a recepção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Eliseu pelo presidente da França Emmanuel Macron foi uma provocação. Segundo Bolsonaro, Lula e Macron “falam a mesma língua”.

Lula foi recebido em Paris, em sua viagem à Europa, com honrarias e a presença da guarda republicana, o que chamou a atenção. Sob Bolsonaro, o governo tem relações conturbadas com a França e com o atual presidente do país. A desavença entre os presidentes vem de questões políticas e críticas de Macron à política ambiental liderada pelo Planalto.

Em entrevista à rádio Sociedade da Bahia, nesta manhã, Bolsonaro disse que “Macron sempre foi contra a gente, e ele sempre bateu na gente na questão da Amazônia. Como se ele tivesse preservado alguma, ele e seus antecessores, tivessem preservado alguma coisa na França. Parece uma provocação, sim”.

“A França não é exemplo para nós, muito menos o seu Macron. Seu Macron está muito bem acompanhado do Lula, e Lula, muito bem acompanhado do seu Macron. Eles se entendem, falam a mesma linguagem.”, disse ele.

Bolsonaro disse ainda que para o líder francês interessa ter no poder no Brasil uma pessoa “passiva, corrupta, como é o Lula”. “O que acontece na Europa, quem não defender a questão ambiental passa a não ter mandado renovado, então tem que sempre estar batendo em alguém. Injustamente, bate no Brasil.”

Além disso, o presidente citou o fato de que a França se opôs ao acordo da União Europeia com o Mercosul, em 2019. O país alegava questões ambientais como empecilho, mas o presidente credita a interrupção das conversas à exportação de commodities do Brasil.

O encontro de Lula com Macron durou pouco mais de uma hora e eles discutiram temas ligados ao Brasil, à América Latina e à União Europeia, embora o brasileiro hoje não ocupe nenhum cargo público.

CB