- Crédito da Foto: Redes sociais - Publicado em: 3 de junho de 2024
Fatima Boustani está em Tiro, no sul do país, mas a recomendação médica é de remoção para um hospital com maior infraestrutura, em Beirute.
Fatima Boustani, de 30 anos, está em Tiro, no sul do país, mas a recomendação médica é de remoção para um hospital com maior infraestrutura, em Beirute. A filha, de 10 anos, que estava na casa no momento do ataque, fez uma nova cirurgia e segue na UTI. Marido está em Itapevi (SP) e pensa ‘em voltar ao Líbano’, diz primo dele ao g1.
A brasileira Fatima Boustani, de 30 anos, ferida no sábado (1°) após bombardeio em sua casa, na cidade de Saddike, no Sul do Líbano, está em estado gravíssimo. A informação é de Hussein Ezzddein, primo de Ahmad Aidibi, marido de Fatima, ao g1.
“Ela está sangrando pela cabeça e pelo pulmão”, afirmou Ezzddein. Boustani deve ficar 24 horas em observação antes de tentarem transferi-la para uma unidade hospitalar com melhor infraestrutura de atendimento.
Na tarde de sábado (1º), a casa de Boustani foi destruída por um bombardeio. Uma filha de 10 anos e um filho de 9 estavam no local.
De acordo com a agência AP, o Hezbollah afirma que interceptou um drone de Israel durante os ataques deste sábado.
Desde outubro do ano passado, Israel está em guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas, que atacou o território israelense e matou centenas de civis no dia 7 daquele mês. O Hezbollah, baseado no Líbano, tem apoiado o Hamas.
A menina passou pela terceira cirurgia na noite de sábado e recebeu transfusão de sangue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Libanês Italiano, em Tiro, no sul do país, e o menino está em observação na enfermaria do mesmo hospital.
O pai das crianças, Ahmad Aidibi, está hospedado na casa de Ezzddein, em Itapevi, na Grande São Paulo. “Ele está desesperado, só grita e não come”, relatou o primo ao g1, na manhã deste domingo (2).
A família pede ajuda do governo brasileiro para realizar o resgate deles. Segundo a Agência Nacional de Informação do Líbano, o ataque teria vindo de Israel. A Embaixada Israelense não respondeu ao contato do g1 até a última atualização deste texto.
Aidibi está no Brasil morando com o primo há pelo menos cinco anos. Ele retornou ao país há três semanas, depois de visitar a família no Líbano. A esposa teria conseguido a cidadania brasileira e os planos da família eram de aguardar o término do período escolar das crianças, neste ano, para todos virem ao Brasil.
Mesmo sem falar português, ele tenta oportunidades de trabalho no Brasil para melhorar a condição de vida dos filhos e da esposa. Ao g1, o primo conta que Aidibi está em estado de choque desde que recebeu a notícia do ataque e pede socorro às autoridades brasileiras. “Ele fica chorando igual uma criança”, relata.
Aidibi e Boustani têm quatro filhos de 12, 10, 9 e 7 anos. Eles moram na cidade de Saddike, a cerca de 100 km de Beirute.
No momento do ataque aéreo, somente Fatima, a filha de 10 anos e o filho de 9 estavam no local. As outras crianças tinham saído para a casa dos avós.