Por: Foto; Gonzalo Fuentes/ Reuters Publicado em: 31 de março de 2021
Segundo a Assistance Publique-Hôpitaux de Paris (AP-HP), a mutação já circula ativamente, tendo infectado 29 pacientes de diferentes regiões no país
Cientistas descobriram uma nova variante do coronavírus na França, segundo estudo publicado no periódico norte-americano “Emerging Infectious Diseases” na terça-feira, dia 30 de março. Esta mutação do SARS-CoV-2 está sendo chamada de HMN.19B ou Henri-Mondor, em referência ao nome de um hospital em Crétil, em Val-de-Marne, onde primeiro foi identificada a partir de casos confirmados da Covid-19 em três profissionais no início de fevereiro.
Ela se soma às já conhecidas variantes inglesa (B.1.1.7), brasileira (P.1), sul-africana (B.1.351), californiana (CAL.20C) e nova-iorquina (B.1.526). Não há ainda, contudo, informações sobre seu grau de contágio em comparação as demais variantes conhecidas.
De acordo com a imprensa francesa, a Assistance Publique-Hôpitaux de Paris (AP-HP) anunciou, em um comunicado, que a variante nova já circula ativamente, tendo infectado 29 pacientes das regiões de Île-de-France, do Sudeste e Sudoeste do país, quatro semanas após a descoberta da mutação.
A rádio “France Bleu” informou que a variante Henri Mondor foi observada em 1,8% das amostras analisadas no país até o momento.
Segundo os autores, a cepa modificada possui 18 mutações, sendo sete delas situadas na proteína Spike,responsável pela entrada do vírus em células e que é alvo dos anticorpos em quem já foi vacinado ou está infectado. Há um risco, portanto, de esta variante ser mais transmissível e mais resistente. No entanto, mais estudos são necessários para verificar de que maneira essa mutação se comporta nos pacientes.
O Globo