Publicado em: 18 de julho de 2020
Primeiro-ministro francês disse que não descarta fechar a fronteira com o país vizinho novamente.
As ruas de Barcelona, segunda maior cidade da Espanha, amanheceram mais vazias no sábado (18), em meio a um sentimento de desolação entre os habitantes, chamados a ficar em casa devido ao aumento de casos de coronavírus.
O aumento das infecções nos últimos dias na região de Barcelona fez com que as autoridades instassem seus habitantes a ficar em casa. Por enquanto, é uma recomendação, mas poderia ser o prelúdio de medidas mais rigorosas.
“Preciso do turismo como o ar que respiro, mas também da saúde para poder viver”, disse Joan López, que administra um quiosque em frente à Sagrada Família, um dos lugares mais visitados da cidade.
Diante da monumental obra de Antoni Gaudí, havia poucos turistas neste sábado, alguns deles nem sequer sabiam das restrições anunciadas no dia anterior.
“Há poucas pessoas na rua, mas não sabíamos de nada (das restrições). Acho que manteremos nosso programa e continuaremos visitando a cidade e a praia”, disse a turista tcheca Karolina Kapounova, de 23 anos.
No entanto, em frente à fachada principal do templo, não havia sinal dos numerosos vendedores ambulantes ou guias turísticos.
“Acho que todos temos que ser responsáveis. Mas também precisamos sair e tomar ar, com precauções”, disse Olga Torres, em um terraço próximo.
As autoridades catalãs também proibiram reuniões de mais de dez pessoas, reduziram a capacidade de bares e fecharam teatros, cinemas e outros locais de entretenimento. Todos os anúncios foram ratificados por um juiz.
A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 28.400 mortes, impôs severos confinamentos em meados de março, mas desde que as restrições foram levantadas em 21 de junho, houve uma aceleração das infecções e atualmente há mais de 150 focos ativos no país, principalmente na Catalunha e na região vizinha de Aragão.