Publicado em: 15 de janeiro de 2018
Pyongyang criticou Washington por obstaculizar a normalização das relações entre as Coreias ao pressionar governo norte-coreano.
“Os Estados Unidos reiteraram a sua promessa de não atenuar as sanções e a máxima pressão até que o Norte não abandone seus programas de armas nucleares e de mísseis balísticos. Estão enchendo uma jarra de água fria sobre um ambiente de reconciliação”, assinala um comentário publicado no principal jornal da Coreia do Norte, Rodong Sinmun.
O artigo adverte que a Coreia do Norte tem várias opções para fazer frente a um possível ataque preventivo de Washington.Há pouco, militares americanos anunciaram estar planejando posicionar o porta-aviões Stennis na zona ocidental do oceano Pacífico. Ao mesmo tempo, Estados Unidos reforçaram várias tropas de suas bases aéreas na Coreia do Sul e no Japão.
Estas medidas norte-americanas, reitera o artigo, são uma provocação militar para esfriar atmosfera nas relações intercoreanas, que melhoraram graças aos esforços da Coreia do Norte.
Em 9 de janeiro, delegações de ambas as Coreias se reuniram pela primeira vez em dois anos na povoado de Panmunjom, na zona desmilitarizada entre os dois países.
Depois da reunião, soube-se que Seul propôs reabertura de negociações entre os dois países para prevenir acidentes militares e para atingir paz na região, incluindo desnuclearização, organização de um encontro em fevereiro entre as famílias que foram separadas na guerra entre 1950 e 1953 e reintrodução de reuniões entre os comitês nacionais da Cruz Vermelha.Por sua vez, Coreia do Norte se mostrou interessada em enviar uma delegação de alto escalão do Comitê Olímpico Internacional, atletas, jornalistas e observadores, bem como a equipe de tae-kwon-do aos Jogos Olímpicos de Inverno que serão realizados em fevereiro em Pyeongchang.