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Depois de alta, Bolsonaro ainda terá restrições para evitar infecção


Publicado em: 13 de fevereiro de 2019


 

Médicos não estipularam dia de saída do hospital, em SP, e dizem que presidente mantém evolução

Mesmo após receber alta hospitalar, prevista para essa quarta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro continuará com uma série de restrições em casa. Segundo seus médicos, ainda há riscos associados não somente à cirurgia mas também ao tempo em que passou no Hospital Israelita Albert Einstein.

No último dia 28, ele foi submetido à cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e retirada de uma bolsa de colostomia. Nos 15 dias em que ficou internado, adquiriu duas infecções e precisou tomar antibióticos de amplo espectro.

Ele também foi exposto a diferentes ambientes, entre centro cirúrgico, apartamento, semi-intensiva e UTI.

À Folha, o cirurgião do aparelho digestivo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Diego Adão explicou o processo. “Por mais que se tenha cuidado em lavar as mãos e usar máscaras, ele teve contato com bactérias hospitalares que passam a fazer parte da flora da pele e do intestino dele”.

Segundo ele, essas bactérias ficam colonizando o organismo por um período e, eventualmente, podem causar uma nova infecção mesmo após a alta, uma vez que a recuperação do sistema imune e a melhora da inflamação do corpo ocorrem de forma gradual.

O risco estimado na literatura médica é baixo, menor que 5%, e vai diminuindo com o tempo. Por isso, nas primeiras semanas após a alta é preciso atenção aos sinais infecciosos, como indisposição, febre, tosse e dor abdominal.