Bahia, 23 de outubro de 2024 às 02:37 - Escolha o idioma:

Dino protocola no Senado projeto para proibir acampamentos em quartéis


- Crédito da Foto: Divulgação - Publicado em: 5 de fevereiro de 2024


O ex-ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) protocolou na sexta-feira, 2, seu primeiro Projeto de Lei como senador. A proposta é para proibir acampamentos em quartéis, como os que deram origem à tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023. Eleito senador em 2022, ele retoma ao mandato após deixar o comando da pasta e antes de assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal.

O blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, teve acesso ao projeto de Dino, que altera a lei 3.437, de 1941, que trata da “prevenção e repressão contra crimes atentatórios ao Estado Democrático de Direito e suas instituições”.

Na lei atual, a restrição é para construções e reconstruções no raio de 1.320 metros. O projeto, no entanto, propõe a alteração para coibir os acampamentos.

“Art. 2º-A Na 2ª zona de 600 braças (1.320 metros), de que trata o art. 2º, serão observados protocolos específicos de segurança com vistas à prevenção e repressão contra crimes atentatórios ao Estado Democrático de Direito e suas instituiçõeso”, sugere o Projeto de Lei.

Veja a justificativa do projeto para alteração:

“Os ataques aos Poderes da República no dia 8 de janeiro de 2023 e toda a preparação para as invasões ao Palácio do Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo Tribunal Federal, inclusive com inéditos e inusitados acampamentos nos arredores de organizações militares, reforçam a necessidade de se ajustar o ordenamento jurídico brasileiro a fim de evitar que equipamentos públicos sejam usados como pontos de referência para aglomerações que possam culminar em atos atentatórios ao Estado Democrático de Direito. Frise-se que tais aglomerações constituem perigo à própria segurança das organizações militares e seus integrantes, expostos a várias ameaças e riscos, a exemplo de ataques à bomba ou perpetração de outros crimes”.

Se aprovado, o PL prevê que a 1.320 metros das fortificações militares deverão ser observados protocolos específicos previstos em regulamento. Tais protocolos, diz o documento, serão “fixados pelo Poder Executivo, mediante Decreto, observada a proporcionalidade”.

Por G1