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Em meio à crise, PSL suspende atividade partidária de 5 deputados


Publicado em: 20 de outubro de 2019


 

O Diretório Nacional do PSL suspendeu sexta-feira cinco deputados federais : Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR) e Alê Silva (MG). Segundo o líder da legenda na Câmara, Delegado Waldir (GO), eles não poderão participar de qualquer atividade partidária. Isso inclui a possibilidade de assinar qualquer lista para a troca de liderança da sigla.

— Há vasto material probatório de ataques que eles fazem ao partido, aos parlamentares do partido, ao presidente Bivar. É uma punição — disse Waldir.Nesta sexta-feira, o diretório nacional elegeu ainda novos integrantes para vagas que foram abertas a partir de mudança no estatuto do PSL.

Da ala bolsonarista, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou após a reunião com a cúpula do diretório do PSL que vai levar à advogada eleitoral Karina Kufa duas propostas de uma conciliação com o partido. A primeira é para que o presidente Jair Bolsonaro indique um aliado para a Secretaria Geral do PSL como forma de diluir os poderes da Executiva Nacional da legenda hoje concentrados na mão do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar.

A oferta foi sugerida pelo deputado estadual Fernando Francischini, pai de Felipe, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Segundo Zambelli, a intenção seria dar a Bolsonaro a cadeira hoje ocupada por Flávia, mulher de Francischini. Assim, Luciano Bivar teria presidência e a vice, com Antonio Rueda, e Bolsonaro teria a secretaria-geral da legenda.

O outro acordo de conciliação ofertado por Francischini seria a negociação para que Bivar autorizasse a saída, sem perda de mandato, dos 20 deputados. Segundo Zambelli, Fernando Francischini se propôs a conversar com Bivar a respeito da proposta. Também participante da reunião, o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) rebateu não haver chance de Bivar liberar os deputados.

Para Jordy, a decisão da legenda é uma demostração que o PSL precisa de um novo comando.

— É mais uma demonstração de perseguição política, de uma pessoa incompetente, sem poder de articulação e, além de tudo, autoritária. O delegado Waldir não quer ver seus desmandos serem questionados. Isso só mostra que o partido precisa mesmo trocar o comando.

Em nota, Jordy afirmou que já “era esperado esse tipo de atitude” e chamou a suspensão de “conduta arbitrária”.

“Não desistiremos até que o partido seja reformulado e esteja de acordo com os valores defendidos pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro”.

 

O Globo