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‘Em termos de viabilidade de projetos, só existem três candidatos’, afirma Carlos Medeiros


Publicado em: 16 de outubro de 2020


16/10/2020

 

Acrescentou ainda que os opositores representam a mesmice e ele a alternativa de mudança.

Quarto candidato a prefeito de Feira a ser entrevistado pelo Acorda Cidade, o empresário Carlos Medeiros, do partido Novo, se apresentou como cidadão comum, insatisfeito com a representatividade dos políticos. Segundo ele, essa insatisfação e indignação é um dos grandes motivos que o fez participar do processo eleitoral, “dando para a população de Feira uma opção totalmente diferente do que temos aí”.

Questionado sobre como enfrentar os outros 8 candidatos (já que Rei Nelsinho desistiu), enfatizou que em termos de viabilidade de projetos, só existem três candidatos, que são os dois preferenciais nas pesquisas de intenções de voto, o atual prefeito, Colbert Martins (MDB), o deputado federal Zé Neto (PT), além do próprio. Acrescentou ainda que os opositores representam a mesmice e ele a alternativa de mudança.

Com 46 anos, Carlos Medeiros informou que começou a trabalhar muito cedo, há 30 anos, vendendo cosméticos de porta em porta. Conta que com esforços principalmente da avó, conseguiu fazer o ensino médio numa boa escola e se formou em Ciências Contábeis, na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Trabalhou no Bom Preço como gerente, depois na Brahma, que estava em um processo de recuperação. “Comecei de baixo, como supervisor de vendas, fui crescendo, virei gerente e me tornei sócio”, relatou. Em 2008, a empresa tinha cerca de 35 mil funcionários e 240 sócios.

“Aprendi muito, transformamos em Ambev. Quando a gente falava que ia ser a maior empresa do mundo, que iria comprar a Budweiser, as pessoas falavam: ‘Eita, empresa brasileira, tupiniquim, vai comprar o maior ícone do mundo das cervejarias?’ E compramos! Hoje, a Ambev é a maior empresa de bebidas do mundo e uma das melhores no que diz respeito a gestão”, frisou.

Na empresa, Medeiros afirma que pode fazer vários cursos de graduação, especialização e MBA corporativo, em São Paulo, em parceria com a Universidade de Colombo em Nova York.

O empresário deixou a Ambev em 2018 e fez alguns investimentos em Feira de Santana. É empreendedor no ramo de alimentação. Conta que ainda em 2018, encontrei o Partido Novo, buscando um candidato a presidente da República e se encantou com os princípios da sigla. Leia abaixo a entrevista dele na íntegra:

Eu tinha acabado de sair da iniciativa privada. A Ambev é um negócio de cultura, de gente, de premissa, de valor e política. Para mim, era uma coisa oposta à isso. A política partidária nunca teve princípios e valores, cada um faz o que quiser, cada cacique de cada partido, na sua cidade, faz exatamente o que quer e, quando eu vi tudo o que tinha no Estatuto do Partido Novo, um partido que para você entrar precisa ser ficha limpa (…), não é só o cara querer, ele precisa provar que pode, é um negócio totalmente diferente. Me vi quatro meses no partido fazendo processo seletivo para ser contratado a candidato a prefeito, é um negócio totalmente inovador e que funciona na prática. Tinham 20 pessoas no processo na Bahia, só eu passei. Feira de Santana tinham dois e Salvador, a maior cidade do Nordeste, não tem candidato do Novo, porque ninguém passou no processo seletivo.

Além disso, o Novo é um partido que não usa dinheiro público, e isso é uma coisa impressionante. Acho que me sentiria mal em qualquer partido se tivéssemos usando o dinheiro público. Essa campanha agora, por exemplo, não aceitamos do governo R$ 36 milhões de reais, que a gente teria direito. O partido devolveu, deixou lá para não fazer campanha, comprar santinho, pagar advogado, pagar contador com o dinheiro do cidadão, aquele cidadão onde o político vai pedir um voto e o cara, às vezes, não tem o que comer, a água é gato, a luz é gato, o gás ele não tem e o cara tá lá entregando santinho com o dinheiro dele. Entregando santinho, levando seus assessores, pagando alimentação dos seus assessores, tudo isso com o dinheiro do cidadão. Isso, para mim, apesar de ser legal, é imoral, é vergonhoso e nós não podemos nos acostumar com uma situação dessas e é por isso que estou aqui.

Acorda Cidade