Publicado em: 8 de março de 2022
São novos tempos para empreender. A pandemia decorrente do COVID-19 acelerou processos, fez com que empresárias e empresários se reinventassem, fez nascer novas(os) empreendedoras(es), acelerou a inovação das organizações e a maneira como se posicionam no mercado. Os produtos e serviços deixaram de ser ofertados tão somente de maneira física e o infoproduto (em breve síntese seria: produto digital que visa disseminar conhecimento que atendam a necessidade de seu público alvo) tem ganhado cada vez mais o mercado nos mais variados nichos.
Diante deste novo cenário de negócios e de uma economia sob nova dinâmica, as (os) empreendedoras (es) de “plantão” precisam, antes de qualquer coisa, planejar. O planejamento estratégico a curto e longo prazo do seu negócio é um pilar fundamental para o crescimento. Traçadas as métricas e os objetivos o próximo passo é organiza-los para executá-los da melhor forma. A estruturação de um negócio, de uma empresa, não deve girar tão somente na parte financeira, mas também jurídica.
A estruturação jurídica promove segurança no crescimento. Um negócio bem estruturado juridicamente possibilita projetar situações para preveni-las, resguardar direitos iniciais e futuros, especialmente na era digital, bem como estabelecer a responsabilidade sobre a atividade desenvolvida.
O interesse em possuir uma visão e projeção positiva perante terceiros, que até mesmo viabilize investimentos futuros, perpassa pela necessidade de um contrato social bem elaborado. Uma organização societária bem delimitada evita ou minimiza eventuais conflitos que possam surgir. Além disso, empreender necessita de inter-relações seja com clientes, seja com fornecedores ou parceiros. Neste ponto, celebrar contratos bem redigidos e claros, facilita, garante e resguarda a operação e a cordialidade entre as partes, pois em caso de eventuais dúvidas basta consultar as condições já estabelecidas, não gerando assim conflitos desnecessários.
Howard Schultz, em seu livro Dedique-se de Coração, traduz muito bem o conceito do que seria um negócio. Segundo ele, “negócios são almas humanas servindo outras almas humanas”. Tal definição resume a função social presente no exercício de um negócio, de uma empresa, pois este impacta a sociedade, a economia e até mesmo a cultura. Possuir estruturação jurídica permite a manutenção e a continuidade da atividade econômica desenvolvida repercutindo não só nos envolvidos diretamente na atividade, mas nos diversos âmbitos que promovem desenvolvimento sócio-econômico.
Estruturar é sinônimo de investir, lembre-se disso.
Dra. Laís Monteiro
Advogada, Consultora Jurídica