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Enfermeira explica o que fazer em casos de sintomas da covid-19


Publicado em: 17 de junho de 2020


As dúvidas das pessoas de como proceder se estiver com os sintomas da covid-19 ainda são enormes. Em que momento devemos procurar uma unidade de saúde? Quais são os sintomas mais comuns da Covid-19? A professora e enfermeira da Vigilância Epidemiológica Maricelia Maria, é quem respondeu essas perguntas ao Acorda Cidade.

A enfermeira Lembra que os sintomas gripais, como tosse, febre, dor de cabeça, dor no corpo, são sintomas que podem confundir com outras doenças que estão acontecendo simultaneamente em Feira de Santana, como dengue, Chikungunya e Zika. Ela destaca que as pessoas que apresentarem esses sintomas, precisam procurar um serviço ou unidade de saúde mais próxima, que pode ser uma unidade básica ou policlínica.

“Ela deve procurar a unidade de saúde já utilizando a máscara. Hoje, a máscara é obrigatória para qualquer pessoa, mas principalmente pessoas que tenham sintomas compatíveis com a doença. Elas não devem sair sem o uso da máscara. No serviço de saúde, os profissionais que atendem vão avaliar, se for suspeita para coronavírus vai se fazer a investigação epidemiológica e a gente tem um formulário que utilizamos para registrar quais são os sintomas que as pessoas estão apresentando, quando foi que iniciou os sintomas, tem uma série de perguntas que a gente faz pra saber se aquela pessoa está no período de viremia, na fase aguda da doença, se ela teve a doença no passado, há mais de 15 dias, por exemplo, e depois dessa investigação epidemiológica que é feita pelo serviço de saúde, o profissional que atender vai adotar as medidas pertinentes”, afirmou.

Maricelia Maria explica que se é uma pessoa que está com os sintomas e está nos primeiros dias da doença, tem febre, tem dor no corpo e desconforto respiratório, o profissional deve orientar o paciente dos cuidados que deve tomar, inclusive, orientar o isolamento que é, em Feira de Santana, de 21 dias. Além disso, vai solicitar o teste para aquelas pessoas que estão dentro da norma do Ministério da Saúde, que pode ser o teste da coleta da secreção da nasofaringe, chamado de PCR, ou o teste rápido, que é feito através do sangue da pessoa.

Após a confirmação da covid-19, a enfermeira explicou que todo paciente que apresenta os sintomas e que tem uma boa evolução, os sinais leves da doença, respirando bem ou que não tem nenhuma complicação, ele é acompanhado em casa. Em Feira de Santana, conforme exemplificou, a maioria dos pacientes, que já estão curados, foram acompanhados pela Vigilância Epidemiológica, pela equipe de saúde no próprio domicílio.

“A gente faz toda orientação, todo contato com o paciente, orienta sobre os sinais de sintoma, cuidados de isolamento, cuidados de higiene e a gente faz o rastreamento dos contatos domiciliares, contatos de trabalho por onde esse paciente passou. Nessa investigação, a gente vai vendo possíveis outras pessoas que podem ter se infectado no contato direto com o caso positivo. Quando o paciente tem algum sintoma que a gente percebe que ele precisa de uma reavaliação médica, a gente encaminha de volta para a unidade de saúde e a depender da avaliação é que o médico vai decidir se vai precisar internar ou não. Mas, a maioria a gente tem acompanhado no domicilio e os pacientes estão evoluindo bem”, disse.

Desconforto respiratório

De acordo com a enfermeira Maricelia, ao perceber algum desconforto respiratório, o paciente não pode esperar agravar. Ele deve ir imediatamente procurar uma unidade de saúde para passar por uma avaliação médica.

“Alguns pacientes já chegam na unidade de saúde no estágio mais avançado da doença e isso não é bom. Pode agravar ainda mais o quadro clínico e dificultar ou atrasar o início das medidas de controle que precisam fazer com esse paciente. Se persistir com febre, com desconforto respiratório, ele não deve ficar em casa. Deve procurar imediatamente uma unidade de saúde. Essa orientação de esperar agravar não procede, o ideal é que ele procure a unidade de saúde quando percebe que tem essa dificuldade”, destacou.

Tratamento

Segundo a enfermeira, ainda não existe um tratamento específico, mas tem as condutas médicas que são adotadas nos hospitais para os pacientes que estão em tratamento.

“Basicamente o tratamento é assintomático e esse monitoramento diário do paciente para observar como ele está, a respiração, se ele tem febre ou não. É muito importante, esse paciente ser bem orientado. Se ele for bem orientado, da evolução da doença, quais os sintomas que podem sinalizar que o quadro dele clínico pode estar agravando, isso vai nos ajudar muito também no sentido de adotar as medidas mais precocemente. Não deve ficar em casa esperando agravar, sentiu que está cansado ou que tem algum desconforto, imediatamente deve procurar uma unidade de saúde para ser reavaliado.”

Ressalta-se que as informações dadas pela enfermeira não funcionam em sua totalidade na prática. O Acorda Cidade recebe reclamações todos os dias de pessoas que estão com sintomas do novo coronavírus e reclamam que estão tendo dificuldades para encontrar poio na rede municipal de saúde e serem encaminhadas para o tratamento adequado.