Quem já se dedicava a esta atividade está potencializando ainda mais os dotes de jardinagem e quem iniciou a prática, se aventura pelo fantástico universo das plantas.

Acompanhar o crescimento de uma planta, o desenvolvimento de suas folhas, flores e frutos tem sido um hobby e até uma terapia para muitas pessoas que estão em distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus (Covid-19).

Quem já se dedicava a esta atividade está potencializando ainda mais os dotes de jardinagem e quem iniciou a prática, se aventura pelo fantástico universo das plantas.

Em Feira de Santana, o movimento nos hortos e das lojas de produtos para jardins e hortas aumentou bastante neste período. Angelina Freire, que há dois anos é proprietária de um horto na cidade, relata que a cada dia surgem novos clientes e pessoas que descobrem na jardinagem e no cultivo de plantas, uma forma de prazer, de passar o tempo e uma verdadeira terapia.

Ela afirmou  que trabalha com plantas há seis anos e há dois anos montou o horto. Ela sempre gostou de cuidar de plantas e animais, de trabalhos ligados à natureza e o horto veio como uma forma de fazer o que gosta e tirar o seu sustento.

Segundo Angelina, depois da pandemia do coronavírus e a orientação das autoridades que as pessoas fiquem em casa para evitar o contágio pelo vírus, muitas pessoas têm ido ao horto comprar plantas, sementes e itens de horta e jardinagem para passar por esta fase. O perfil dos clientes é variado, assim como a idade e classe social. Há quem compre mudinhas de plantas fáceis de cuidar, como quem prefira se arriscar pela arte dos bonsais, cultivo de folhagens, rosas do deserto e árvores frutíferas.

“No horto sempre recebi pessoas à procura de plantas para cultivar e depois da pandemia aumentou consideravelmente a procura de terra vegetal, vasos, sementes e plantas para serem cultivadas em jardins. As pessoas que moram em apartamento estão cultivando plantinhas em potinhos”, contou.

Angelina comentou também que os clientes procuram com mais frequência, plantas pequenas e de espécies variadas, cactos, suculentas, além de sementes para hortas, borrifadores e vasos para plantas.
Na opinião dela, o fato das pessoas se dedicarem aos cuidados com as plantas durante esse momento, traz a sensação de prazer, satisfação e otimismo. Ela diz que as plantas são antidepressivos naturais que trazem energia boa e vitalidade para o ser humano.

“É muito prazeroso mexer com terra, plantar , regar e ver a plantinha se desenvolver. Muitos clientes estão à procura de cultivar plantas como passatempo e muitos, por incrível que pareça, estão fazendo tratamento de depressão ou síndrome do pânico. Eles sentem-se felizes com esta atividade e até ficam curados da depressão também. Plantar é uma terapia”, comentou.

Revolução das plantas

A relação com as plantas e a natureza tem diversos benefícios que são comprovados inclusive pela ciência. Com a pandemia, as pessoas mergulham neste universo e sentem bem-estar, a ponto de esquecerem um pouco, os problemas, as dificuldades e o noticiário que nem sempre traz informações positivas relacionadas à doença.

Esse universo particular traz ainda a oportunidade de contemplar as belezas naturais. As diferentes espécies, suas particularidades, cores, flores, sabores e texturas.

Angelina ressalta que cuidar de plantas traz felicidade. “É incrível como a gente se sente feliz vendo a natureza cumprir o seu percurso. E mais feliz ainda é quando a gente participa desse processo plantando, regando e cuidando”, observa.

O coronavírus está fazendo uma reviravolta no mundo em todos os aspectos e segmentos. Mudanças de comportamento ocorrem a todo tempo, no campo social, econômico, religioso e psicológico. Apesar das incertezas, o fato é que o homem começa a refletir mais a sua relação com natureza, com a vida e assim ter uma plantinha em casa é uma forma de ressignificar este momento. Quando tudo isso passar, os corações ficarão mais calmos e as casas floridas e mais coloridas.