Publicado em: 20 de julho de 2024
Avaliação foi baseada no cenário atual de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou na sexta-feira que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome “mais forte” da direita para impedir a vitória de candidatos de esquerda na eleição presidencial de 2026. A avaliação foi baseada no cenário atual de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Hoje, com certeza, é o Tarcísio, pela relevância do Estado de São Paulo. Algumas pesquisas já apontam o Tarcísio “, disse Zema em conversa com jornalistas noticiada pelo jornal O Tempo.
O veículo aponta que o governador evitou descartar uma candidatura de Bolsonaro. Segundo Zema, o ex-presidente segue como o melhor nome de direita para a disputa.
O chefe do Executivo mineiro respondeu também que “se for para chegar lá de pés e mãos amarradas, eu prefiro que outro vá” ao ser questionado se gostaria de ser o candidato do bolsonarismo no próximo pleito presidencial.
No início deste mês, Zema chegou a dizer que pode ser candidato a presidente em 2026, caso o seu nome apareça como o mais viável entre os que compõem seu grupo político. A afirmação ocorreu durante a participação dele em uma live para o perfil “Ranking dos Políticos”.
“Nós governadores de centro-direita temos conversado muito, temos nos aproximado e no que depender de mim, eu já falei para eles que estarei apoiando o nome que o grupo vier a analisar como aquele que seja o mais viável “, admitiu.
Na mesma live, segundo apuração da CBN, Zema afirmou que, por enquanto, está focado em finalizar o mandato no governo mineiro e confirmou que, independentemente da forma, vai participar ativamente da corrida eleitoral de 2026.
Na disputa pela massa de 58 milhões de pessoas que votaram no ex-presidente Bolsonaro em 2022, governadores bolsonaristas, como Tarcísio, Zema, Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, são especulados como possíveis postulantes da direita no pleito presidencial de 2026.
Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade em junho do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com o placar de 5 a 2, a Corte entendeu que o ex-presidente praticou abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha do ano passado.
Com a decisão, seis meses após deixar o poder, Bolsonaro passou a estar impedido de disputar um cargo público até 2030 e se tornou o primeiro ex-presidente na História a perder os direitos políticos em um julgamento no TSE.