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Hotelaria da capital fecha mês de fevereiro com taxa de ocupação de 64,93%


- Crédito da Foto: Rita Barreto/GOVBA - Publicado em: 14 de março de 2024


Carnaval prolongado foi principal responsável pelo desempenho

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, seção Bahia – ABIH-BA, em fevereiro a hotelaria de Salvador registrou ocupação de 64,93%, um pouco acima do mesmo período do ano anterior (62,86%). A diária média foi de R$ 923,67, resultando em um Revpar (indicador de desempenho do mercado hoteleiro, que considera a evolução da diária e ocupação) de R$ 599,77.

A ABIH-BA aponta que o Carnaval prolongado de seis dias foi, sem dúvida, o principal responsável por este bom desempenho, período no qual observou-se ocupação média de 79,39%, com picos de 85% nos dias mais buscados e taxas acima de 95% nos hotéis dentro ou próximos ao circuito Barra-Ondina. Os hotéis de lazer localizados longe do circuito da folia também tiveram bom desempenho enquanto os corporativos apresentaram taxa média de 70%. Embora em intensidade diferente, o feriado do Carnaval impulsionou o desempenho das várias categorias de hotéis, em diferentes partes da cidade.

O período pré-carnavalesco foi também de muita demanda na cidade, com muitos festejos ocorrendo em sequência entre os dias 02 e 08 de fevereiro. Há de se destacar o dia de Iemanjá e o fim de semana que se seguiu com Fuzuê e Furdunço, onde a cidade registrou ocupação média superior a 80%, tendo contribuído positivamente para o resultado mensal. O aumento do número de voos propiciou a maior vinda de turistas à cidade, favorecendo o aumento da renda em toda a cadeia de atividades ligadas ao turismo. Na hotelaria a valorização da diária continuou seu curso. Mesmo desconsiderando os hotéis de luxo, a diária média de fevereiro ficou em R$ 811,45, bem acima da verificada em anos anteriores.

Segundo o presidente da ABIH-BA, Wilson Spagnol, “as previsões otimistas para o verão se concretizaram, fruto de um trabalho árduo e articulado entre os setores público e privado de divulgação do destino. No entanto, o caminho é longo e ainda há muito a fazer para que Salvador e a Bahia retomem o lugar que merecem e revelem seu potencial”.

Um ponto importante a ressaltar são as ações da ABIH-BA em defesa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos – PERSE, criado para amparar os setores de eventos e turismo, que estão entre os mais impactados pela pandemia de Covid-19 e os que mais tardaram a se recuperar. Após publicar carta aberta direcionada aos deputados federais e senadores da bancada da Bahia, representantes da entidade estiveram em Brasília para ação junto aos governantes.

“Essa mobilização contribuiu para que o governo recuasse no cancelamento do Perse. O programa tem sido absolutamente fundamental no processo de retomada e recuperação das atividades turísticas e de eventos, sendo um grande catalisador das atividades, na geração de emprego e renda aos municípios e estados. Revogar tais medidas agora representa grande risco de frear e causar retrocessos nesse processo, e consequentemente penalizar novamente um dos setores mais importantes em todos os aspectos ao nosso estado, e seguramente os mais fortemente impactados durante e após a pandemia de COVID-19”, afirma Wilson Spagnol.  Os números do desempenho hoteleiro de Salvador aqui divulgados são frutos da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, seções Bahia e Brasil. O levantamento é digital e os dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. A média resultante constitui o indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.

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