- Crédito da Foto: Reprodução/Montagem RBA - Publicado em: 30 de dezembro de 2022
Composição final foi conhecida ontem. Expectativa é pela definição dos nomes dos bancos públicos, que serão comandados por mulheres
Haddad, Simone Tebet, Paulo Teixeira, Marina Silva, Flávio Dino, Silvio Almeida, Ana Moser, Rui Costa: as caras do novo governo
Os 37 nomes dos ministros que compõem o primeiro escalão do futuro governo Lula com o anúncio dos 16 últimos. O presidente eleito já adiantou que pretende reunir seu ministério na primeira semana, para dar diretrizes. Ele lembrou que todos já têm diagnósticos de seus respectivos setores, elaborados pelos grupos técnicos de transição formados após a vitória no segundo turno. O novo governo toma posse no próximo domingo, 1º de janeiro.
A formação incluiu representantes de nove partidos, em 26 pastas. O PT, partido do presidente, ficou com 10. Os demais são MDB, PCdoB, PDT, PSB, PSD, Psol, Rede e União Brasil. Outros 11 nomes não têm filiação ou vinculação partidária. Onze dos 37 (30%) são mulheres.
Elas também estarão à frente do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, adiantou o presidente eleito. O BB nunca teve uma mulher na presidência. Já o BNDES ficou com o economista Aloizio Mercadante.
Confira o perfil dos 37 ministros e ministras escolhidos por Lula.
Arte: Leandro Siman/RBA
Quem é quem
Funcionário de carreira, o futuro advogado-geral da União é atualmente procurador da Fazenda Nacional. No governo Dilma, foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência.
Senador desde 2020 (PSD-MT), foi presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso. Exerceu as funções de vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente.
Economista, foi governador da Bahia por dois mandatos. Começou no movimento sindical, no Polo Petroquímico de Camaçari. Foi vereador, elegeu-se deputado, mas licenciou-se para assumir a Casa Civil da Bahia.
Filho do senador Jader Barbalho e irmão do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho, ambos do MDB, é empresário no setor de comunicações.
Vice-governadora de Pernambuco e presidenta nacional do PCdoB, a engenheira elegeu-se duas vezes deputada federal. Também foi secretária estadual, na mesma área, no governo Eduardo Campos (PSB).
Médico de formação, o maranhense de São Luís foi eleito e reeleito deputado federal pelo agora União Brasil. Sua pasta não terá mais a Secom, mas fica com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
O advogado, futuro titular da Controladoria-Geral da União (CGU), comandou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na gestão Dilma. Ocupou a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça.
Cantora e compositora nascida em Salvador, gravou sua primeira música (Faraó) em 1987. Criou a ONG Fábrica Cultural. É embaixadora no Brasil da missão IOV-Unesco, de preservação e promoção da arte popular.
Deputado por quase duas décadas e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ele será o primeiro civil na pasta desde Raul Jungmann (governo Temer). Foi ministro de Relações Institucionais (governo Lula).
Deputado federal (PT-SP) reeleito pela quarta vez, também foi estadual e vereador. É advogado e atuou no grupo de transição na área de justiça. Foi secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
Bancário e sindicalista, foi governador do Piauí por quatro mandatos. Neste ano, elegeu-se senador pelo PT. Também presidiu o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste.
Advogado, é professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas. Também preside o Instituto Luiz Gama.
O futuro ministro é engenheiro agrônomo e professor. Foi governador do Ceará por dois mandatos, de 2014 a 2022. Antes, ocupou a secretaria de Desenvolvimento Agrária (Cid Gomes). Neste ano, foi eleito senador (PT).
Considerada uma das principais atacantes do mundo, a ex-atleta de vôlei começou a jogar aos 7 anos. Integrou a equipe feminina que conquistou o primeiro bronze para o Brasil em Olimpíadas (Atlanta, 1996).
Professor universitário, foi ministro da Educação no primeiro governo Lula e prefeito de São Paulo. Com a ausência forçada de Lula, foi candidato à Presidência em 2018. Neste ano, ficou em segundo na disputa pelo governo paulista.
O general da reserva vai comandar a área de inteligência, no Gabinete de Segurança Institucional. Já foi secretário de Segurança da Presidência (Lula) e chefe da Segurança Institucional da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento, na gestão de Miriam Belchior (governo Dilma).
Educadora, jornalista, escritora e feminista preta, como se apresenta, ela preside o Instituto Marielle Franco, criado em homenagem a sua irmã, assassinada em 2018. É “cria da Maré”, complexo do Rio onde nasceu.
Talvez a maior surpresa da campanha, o também vice-presidente foi governador de São Paulo, por 13 anos, pelo PSDB – está no PSB. Concorreu à Presidência da República em 2006, justamente contra Lula.
Filiado ao PDT, foi governador do Amapá por quatro mandatos (eleito em 2002, 2006, 2014 e 2018). Também foi deputado estadual.
Governador do Maranhão por dois mandatos, foi eleito neste ano senador pelo PSB (até então, era integrante do PCdoB). Formado em Direito, foi juiz federal. Também se elegeu deputado. Presidiu a Embratur (governo Dilma).
Referência na área ambiental, Marina Silva já comandou a pasta no primeiro governo Lula, quando ainda estava no PT. Atualmente está na Rede, pela qual se elegeu deputada. Ajudou a fundar a CUT no Acre, ao lado de Chico Mendes. Foi senadora e candidata à Presidência.
Senador pelo PSD-MG, foi o relator da chamada PEC da Transição. Formado em Direito, foi delegado da Polícia Civil e deputado federal, além de diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT, primeiro governo Lula).
Militante e consultora em políticas públicas, ajudou na formação da Central de Movimentos Populares. Nos governos Lula e Dilma, foi secretária na área de enfrentamento à violência contra a mulher.
Deputado federal pelo PSD de Pernambuco, ele se candidatou ao Senado neste ano, mas não se elegeu. Foi vereador, deputado e secretário estadual. Atual 2º vice-presidente da Câmara.
Terceira colocada na eleição presidencial, a senadora desde 2014 pelo MDB-MS, advogada e professora, é filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet. Também foi vice-governadora.
Governador de São Paulo quando Alckmin concorreu à Presidência em 2018, ele não conseguiu se eleger ao Senado neste ano (PSB). Foi deputado federal e secretário estadual, além de prefeito de São Vicente, no litoral paulista, por dois mandatos.
A criação do Ministério dos Povos Indígenas foi promessa de campanha de Lula. E a escolha recaiu sobre a deputada eleita (Psol-SP). Maranhense, é coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Presidente nacional do PDT, já foi ministro do Trabalho e Emprego (governos Lula e Dilma). Após o primeiro turno, que o partido disputou com Ciro Gomes, decidiu apoiar a candidatura petista.
Diplomata de carreira, serviu como embaixador na Argentina, na Croácia e nos Estados Unidos. Foi ministro das Relações Exteriores (governo Dilma) e representante permanente do Brasil nas Nações Unidas.
Médico e atualmente deputado federal (PT), foi ministro da Saúde (governo Dilma), na época de lançamento do programa Mais Médicos, e secretário municipal em São Paulo (gestão Haddad).
A cobiçada Secretaria de Comunicação Social ficou com o deputado federal gaúcho (PT), que está no quinto mandato. Jornalista, foi vereador , deputado estadual e vice-prefeito de Santa Maria.
É deputado federal pelo Sergipe e um dos vices do PT. Biólogo, foi secretário de Participação Popular em Aracaju e superintendente do Ibama, além de secretário estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.
A socióloga e cientista política e social preside a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017. Criou o Observatório Covid-19, uma rede que realiza pesquisas e divulga informações para subsidiar políticas públicas.
Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT. Ministro do Trabalho e da Previdência no governo Lula. E prefeito de São Bernardo do Campo por dois mandatos. Presidente do PT no estado de São Paulo.
O senador eleito pelo MDB foi governador de Alagoas por dois mandatos. Antes, prefeito de Murici e deputado federal. Filho mais velho do ex-presidente do Senado Renan Calheiros.
Daniela do Waguinho, como é conhecida, foi professora do ensino fundamental e secretária estadual da Educação no Rio de Janeiro. Foi a candidata mais votada a deputada federal. Waguinho é Wagner Carneiro, seu marido, prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e presidente da União Brasil no Rio.
Por Redação RBA