42 por cento, entretanto, estimou que o TRF4 acertou em sua sentença.
Perguntados com respeito se o juiz Sérgio Moro, autor da primeira condenação, provou que o apartamento triplex cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente conseguiu demonstrar tal acusação, 56,6 por cento disse que o togado não conseguiu provar, enquanto 39 por cento acham que sim o fez.
Para 59, 5 por cento dos interrogados, o julgamento no TRF4 demonstrou que a justiça trata com maior dureza a Lula que ao resto dos políticos, e uma percentagem similar (59,3) considerou que durante seus governos este fez bem mais em benefício do povo e do país que coisas erradas.
Com respeito à possibilidade de que o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) se apresente como candidato às próximas eleições presidenciais do mês de outubro, 55,7 por cento respaldou essa probabilidade, enquanto 42,9 indicou que este não deveria participar na disputa nas urnas.
A consulta, inédita de certa forma, reflete o que as pesquisas de intenção de voto mostraram durante todo o ano passado: a liderança e crescimento do expresidente na preferência do eleitorado, destacou o jornal.
Esta, dimensionou, é uma das razões do resultado do julgamento de Lula, primeiro em Curitiba e na semana passada em Porto Alegre.
Com respeito a este último, considerou que não trouxe maiores novidades, mas dificulta um pouco mais a possibilidade que Lula e o PT possam voltar a governar o país.
Em 24 de janeiro último o TRF4, com sede na cidade de Porto Alegre, ratificou e aumentou para 12 anos e um mês de cárcere a condenação imposta pelo juiz Sergio Moro ao ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula daSilva.
Os três juízes encarregados de examinar a apelação apresentada pela defesa do ex-presidente concordaram em desconsiderar integralmente as alegações da mesma e respaldaram o voto do relator João Pedro Gebran Neto, que inclusive elevou a 12 anos e um mês de prisão a pena proferida por Moro (nove anos e seis meses de cárcere).
Ao fixar sua postura ao respeito, a bancada do PT na Câmara dosDeputados disse que se tratou de um julgamento falso, o que revelou um jogo de cartas marcadas que macula a história do Poder Judicial e da República brasileira e constitui uma ofensa à Constituição, aos direitos individuais e à consciência democrática.