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Marina diz que não solicitará reforço na segurança após atentado contra Bolsonaro


Publicado em: 9 de setembro de 2018


 

Candidata da Rede afirmou neste sábado (8) que ‘não é uma arma na mão’ que resolverá o problema da violência no país. Ela fez caminhada na Rua 25 de Março, em São Paulo.

 

 

A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse neste sábado (8) que não pediu reforço de segurança à Polícia Federal (PF) após o atentado contra o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. Líder nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro levou uma facada na última quinta (6)em um ato de campanha em Juiz de Fora, na zona da mata de Minas de Gerais.

Em sua primeira agenda de campanha após o ataque contra o candidato do PSL, Marina afirmou que o atentado foi um “inaceitável ato de violência”.

“Não pedi reforço. Nós vamos continuar fazendo a nossa campanha, defendendo propostas, dialogando com a população, reafirmando os compromissos que temos desde 2014 de fazer uma campanha sem violência, sem mentiras, sem desconstrução”, informou Marina a jornalistas ao ser questionada sobre se havia pedido reforço de segurança à PF.

A presidenciável da Rede fez uma caminhada com apoiadores de sua campanha na tarde deste sábado pela Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, um dos principais pontos de comércio popular da capital paulista. A candidata também entrou no Mercado Municipal, onde conversou e cumprimentou vendedores de frutas.

“Nós, eu e Eduardo Jorge, temos pautado a nossa campanha por uma campanha de luta e de paz. E nós queremos contribuir, cada vez mais, para que brasileiros e brasileiras se unam a favor do Brasil”, complementou Marina.

“O que vai nos defender contra a violência não é uma arma na nossa mão. O que vai nos proteger contra a violência é amor e respeito dentro do nosso coração”, enfatizou.

Terceira colocada nas duas últimas eleições presidenciais, Marina Silva disse neste sábado que, na visão dela, a disputa pelo Palácio do Planalto, em 2014, foi marcada pela “violência política”. Neste ano, ressaltou a ex-senadora, a marca é a “violência física”.

Ela usou como exemplos da violência física na política brasileira em 2018, além do ataque contra Bolsonaro, o episódio do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes e o atentado a tiro contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná.

“Eu fico pensando: se Deus o livre aquela pessoa tivesse uma arma de fogo na mão, o que poderia ter acontecido?”, ponderou a candidata da Rede em referência ao agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, que usou uma faca para atacar o presidenciável do PSL em Juiz de Fora.

Segurança dos presidenciáveis

Cada candidato a presidente da República tem direito a uma equipe de segurança de 21 policiais federais especializados em dar proteção a autoridades.

Neste sábado, o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, se reuniu com os coordenadores de campanha dos candidatos para falar sobre segurança.

Além de Marina, outros quatro presidenciáveis solicitaram segurança da PF durante a campanha: Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos).

Segundo o Ministério da Segurança Pública, Bolsonaro tem a maior das equipes de segurança entre os presidenciáveis. São 21 policiais federais, sendo que 13 deles estavam acompanhando o candidato durante o ataque. Outros 50 policiais militares reforçavam a segurança do presidenciável em Juiz de Fora.

 

Emprego formal e acesso ao crédito

Ao ser questionada por repórteteres sobre alternativas para gerar empregos no país, Marina disse que, se eleita, pretende estimular a formalização dos brasileiros que atualmente estão atuando na informalidade por falta de opção.

Ela voltou a dizer que irá facilitar cada vez mais o acesso ao crédito e ao microcrédito, criar mecanismos de simplificação para abrir e fechar empresas, além de auxiliar micro e pequenos empresários a entrar na formalidade.