O líder do partido esquerdista La France Insoumise, Jean-Luc Melenchon convocou uma greve geral para terça-feira (18)

Divulgação/Prefeitura de Paris

Milhares de pessoas saíram no domingo (16) às ruas de Paris para protestar contra o avanço dos preços, depois de semanas de greves por salários mais altos nas refinarias de petróleo estimularem pedidos por uma greve geral. O líder do partido esquerdista La France Insoumise, Jean-Luc Melenchon, marchou ao lado da vencedora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, Annie Ernaux. Ele convocou uma greve geral para terça-feira (18). As informações são da Reuters.

“Você vai viver uma semana como nenhuma outra, nós é que começamos com esta marcha”, disse ele à multidão. Melenchon seguiu os passos de quatro sindicatos – mas não o maior da França, o moderado CFDT – que convocaram greves e protestos na terça-feira por aumentos salariais.

Para ajudar a proteger o direito à greve, os quatro sindicatos também convocaram os protestos, depois que o governo determinou a requisição de alguns trabalhadores das refinarias de petróleo, um movimento visto pelos sindicatos como uma violação de seus direitos constitucionais. A marcha seguiu-se a uma chamada da coalizão parlamentar NUPES, que espera virar a página sobre as acusações de violência doméstica que recentemente perseguiram os membros sêniores.

O Ministro do Orçamento, Gabriel Attal, declarou que a coalizão de esquerda estava tentando explorar a situação atual, marcada pelas greves em andamento nas usinas nucleares da EDF e nas refinarias de petróleo francesas. “A marcha de hoje é uma marcha de apoiadores que querem bloquear o país”, disse ele na estação de rádio francesa Europe 1. (Reportagem adicional de Bertrand Boucey)