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Milton Ribeiro pede demissão por conta de escândalo


Publicado em: 29 de março de 2022


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (PL), em reunião no Palácio do Planalto na tarde de segunda-feira (28/3). Ele deve ser exonerado do cargo por conta do escândalo do “gabinete paralelo” no MEC.  No lugar dele deve assumir o secretário-executivo do MEC, Victor Godoy. Segundo fontes, foi o próprio ministro que tomou a iniciativa com o objetivo evitar ainda mais desgaste no governo.

Milton Ribeiro avalia os efeitos da sua renúncia nas investigações da Polícia Federal envolvendo supostos pedidos de propinas feitos por pastores lobistas do MEC. Segundo fontes, a carta de afastamento foi redigida ao longo do fim de semana por um aliado de Bolsonaro e de pastores evangélicos.

Inicialmente, a expectativa era de que ele pedisse apenas um licenciamento enquanto durassem as investigações sobre o caso. Até o fim da última semana, o chefe do Executivo vinha resistindo à ideia de trocar novamente o comando do MEC, apesar da crise. Em live na quinta-feira (24), o presidente disse acreditar na idoneidade do ministro.

“Se o Milton estivesse armando não teria colocado na agenda aberta ao público. O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele. Estão fazendo uma covardia. A Polícia Federal, ontem eu pedi para abrir o procedimento para investigar o caso também. Tem gente que fica buzinando: ‘Manda o Milton embora que a gente tem alguém pra indicar aqui’. Duvido botar para o público o nome, não faz isso porque se der errado a culpa é minha”, declarou.