Publicado em: 1 de junho de 2019
Ministro ponderou que fala do presidente foi ‘arroubo retórico’ permitido pela liberdade de expressão
O ministro Marco Aurélio Mello , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), lembrou na sexta-feira que o Estado é laico – e a Corte, como parte do Estado, não poderia ser formada segundo critérios religiosos. Para o ministro, os integrantes do tribunal devem ser escolhidos pela a formação jurídica e a defesa da Constituição Federal. A declaração foi em resposta ao presidente Jair Bolsonaro que questionou em discurso se não era o momento de se nomear um ministro evangélico para o tribunal.
— Não sabemos se alguém professa Evangelho. Temos católicos e dois judeus (Luiz Fux e Luís Roberto Barroso). Mas o importante é termos juízes que defendam a ordem jurídica e a Constituição. O Estado é laico. O Supremo é Estado — disse o ministro.