Publicado em: 15 de julho de 2022
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O Ministro da Economia, Paulo Guedes ,declarou à imprensa na quinta-feira (14/7) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Bondades, aprovada ontem na Câmara dos Deputados, não é eleitoreira se há fome no Brasil. Para pagar os benefícios, o Congresso decretou um estado de emergência, que autorizou um furo de R$ 41,2 bilhões de reais no teto de gastos. Quanto às preocupações sobre o risco fiscal, Guedes ressaltou diversas vezes que “o fiscal está forte”.
“Não haverá impacto fiscal líquido sob a PEC, a PEC sob controle”, disse o ministro. Segundo ele, a melhoria na gestão das contas públicas ajudará a pagar esses gastos extraordinários “sem empurrar a conta para as futuras gerações”. A PEC tem sido alvo de críticas, considerada pela oposição uma medida eleitoreira. Como a Lei Eleitoral não permite a criação de gastos sociais em ano de eleição, a não ser em casos excepcionais, o governo incluiu a medida à imposição de um estado de emergência, usando como justificativa a disparada no preço dos combustíveis, consequência da guerra na Ucrânia. O ministro previu, ainda, uma piora no cenário econômico mundial, diante do rescaldo da pandemia, a continuidade da guerra e a alta da inflação disseminada globalmente. “Eu vou fazer três rápidas observações. A primeira é o aumento de risco e a aversão ao risco como um fenômeno mundial. A inflação está subindo no mundo inteiro, estão tendo que rever o crescimento para baixo. Hoje está bastante claro que a crise lá fora será bem mais aguda do que eles esperavam”, afirmou. |