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Para Jaques Wagner, ânsia pela terceira via ocorre após a chegada de Bolsonaro


Publicado em: 14 de fevereiro de 2022


Bolsonaro “é uma anomalia que está nos custando caro”, afirmou o senador

 

Em entrevista ao Jornal O GLOBO, publicada na segunda-feira (14), o pré-candidato ao governo da Bahia, o senador Jaques Wagner (PT), comentou sobre as eleições em 2022. Entre os temas abordados pelo petista esteve, inevitavelmente, o Centrão, e a possibilidade dele ser atraído para a base em um eventual governo do PT.

Durante a conversa, Wagner opinou sobre a análise de que o Centrão ficou deslocado na eleição de 2022, com o fomento da “terceira via”.

“Acho que se faz uma análise da polarização, ou anseio da terceira via, muito pela característica do atual presidente. Todas as eleições, à exceção de 1989, que tinha 15 candidatos, foram polarizadas. A diferença entre 2018 e as demais é que, antes, a polarização era entre dois conjuntos que tinham um projeto para o Brasil (PT e PSDB).[…] Essa ânsia de terceira via ocorre pelo deslocamento de um dos projetos políticos e a chegada ao poder de alguém que não tem projeto nenhum, só fanatismo e truculência. É uma anomalia que está nos custando caro”, disse o senador.

Além disso, o parlamentar avaliou a possibilidade desses partidos de centro formarem a base de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste ano.

“É possível, quando você tem um projeto que tem uma liderança com o peso do Lula. Ela, por si só, preenche uma lacuna enorme. Em muitos estados, Nordeste, Norte etc, as pessoas querem andar ao lado do Lula, sem ele ter dado nenhuma emenda para elas. Pelo peso da ideia. Ele é uma ideia-força. O Lula tem a política como arma de trabalho. Então, eu acho que é possível. Lógico que tudo vai depender da construção”, afirmou.

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