Publicado em: 7 de novembro de 2022
Os partidos da base de apoio do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva , podem comandar 11 ministérios no governo do petista. A apuração é do analista da CNN Gustavo Uribe.
O petista ainda não confirmou os nomes que estarão à frente das pastas. O governo eleito deve passar a definir os ministros a partir de segunda-feira (7). Contudo, assessores próximos a Lula já apontam tendências na composição da gestão. Partido do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o PSB pode ficar com duas pastas na gestão: a Controladoria-Geral da União e a Tecnologia. Enquanto a primeira seria comandada pelo ex-governador Paulo Câmara, a segunda teria o também ex-governador Márcio França. Alckmin sinalizou que, em um primeiro momento, não assumirá nenhum dos ministérios. O Rede Sustentabilidade deve ficar com o Meio Ambiente. A dúvida fica por conta da indicação do ministro: o senador Randolfe Rodrigues e a ex-ministra Marina Silva são cotados. O PSOL pode assumir o ministério dos Povos Originários, com a deputada federal eleita Sônia Guajajara. Já o PCdoB deve ficar com a Cultura, e a também deputada federal eleita Jandira Feghali estaria à frente da pasta. Simone Tebet, do MDB, é dada como nome certo para compor o governo — não se sabe, porém, se à frente da Educação ou da Cidadania. Outro emedebista que pode fazer parte da gestão é o ex-governador Eduardo Braga, em Minas e Energia. O senador Carlos Fávaro (PSD), que foi coordenador da campanha de Lula à Presidência para o agronegócio, pode ficar com a Agricultura, ampliando a base de apoio petista. A sigla comandada por Gilberto Kassab, no entanto, gostaria de voltar a comandar as Comunicações, segundo apuração de Uribe. O PSDB teve durante a campanha nomes que indicaram apoio a Lula, como o ex-governador Tasso Jereissati e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Com isso, o partido é cotado para estar à frente do ministério da Indústria e Comércio. O Solidariedade, de Paulinho da Força, pode ficar com o ministério do Trabalho. O Avante, de André Janones, é cotado para Comunicações ou Micro e Pequena Empresa. Apesar de o deputado federal ter afirmado que não pretende assumir nenhuma pasta, ele é tratado como ministeriável nos bastidores. Com isso, 11 das 33 pastas que devem compor o governo seriam comandadas por quadros de siglas aliadas — o que equivale a um terço. A gestão atual conta com 23 ministérios. Ministério da Economia Segundo apuração de Uribe, membros do governo eleito defendem que o primeiro nome anunciado seja o do novo ministro da Fazenda. Isso porque há um temor de que as medidas propostas para viabilizar o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 para 2023 — que devem ter como consequência ajustes no teto de gastos — possam causar algum tipo de desgaste. Além disso, essa mesma ala defende que a Fazenda seja comandado por um quadro técnico, e o Planejamento, por um nome político, como Fernando Haddad (PT) ou Aloizio Mercadante (PT). Danilo Moliterno/CNN |